domingo, 31 de julho de 2011

Viagem a Minas Gerais...Olhares expandidos...

Arte no Colégio Medianeira...Reflexões contemporâneas.

Os alunos da 8ª série, nas aulas de artes adulteraram imagens da "arte" para uma campanha de conscientização sobre o "Trânsito"
.Montamos uma grande instalação...
A mídia publicou e pudemos colocar a arte como protagonista de um projeto..
O projeto todo incluiu o estudo de obras e Siron Franco e Cildo Meirellles.A arte conceitual como desencadeador de processo de reflexão....
Utilizamos a manipulação das imagens da arte numa exposição temática.
Na sala da "morte" lembramos Siron franco e suas cruzes brancas que lembrava a mortalidade infantil.No nosso projeto as vítimas do trânsito, com uma sonorização que instalava um grande  pasmo nos visitantes.
Numa seguna sala ambiente localizamos as notícias de trânsito, de acidentes nos jornais desde o mês de março e uma sala inteira, parede e teto "falava" de  acidentes e suas  conseuências.Luzes e sons  fundiam-se numa  grande cena chamada "realidade 1".
Vídeos e filmes selecionados faziam parte da "realidade 2".
Uma cena  dramática...na sala "corpos" era feita por alunos e um apelo sonoro com luzes e vozes foram determinantes para uma grande reflexão.Recebemos autoridades, mídia, alunos de muitas escolas e pessoas da comunidade...a arte  social...contemporaneidade...provocando...
Recebemos a visita de muitas escolas...muitos alunos interagiram com  os "mediadores" que durante tres dias estiveram falando e propondo reflexões...
A arte pode falar...de forma fácil, inusitada e reflexiva...
Transformamos o cenário da escola...
Mobilizamos....

domingo, 17 de julho de 2011

PINTURA + FÍSICA QUÂNTICA = CINEMA

Claro que você conhece a imagem acima, né? Pintado em 1656 pelo espanhol Diego Velázquez (1599 _ 1660), o quadro As Meninas retrata no centro a infanta Margarida Teresa de Habsburgo, filha de Filipe IV, cercada por figuras como damas de companhia, criados, o rei e a rainha – além do próprio artista, à esquerda da composição.


Pois essa célebre tela – atualmente em exposição no Museu do Prado, em Madri – é o mote do novo filme do cineasta Jorge Furtado. No microcurta Velázquez e a Teoria Quântica da Gravidade, um jovem cientista -vivido pelo ator Felipe de Paula -pensa ter enfim encontrado a teoria quântica da gravidade a partir do quadro da família real espanhola.


O filmete de três minutos, que tem no elenco ainda a bela Renata de Lélis, foi produzido para uma Mostra Especial da edição deste ano do festival de micrometragens Cel.U.Cine www.celucine.com.br. Além de Furtado, o evento encomendou filmes curtíssimos também para Beto Brant, Lázaro Ramos, Hector Babenco, o português David Rebordão e o angolano Mario Bastos.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Plano de Aula-Arte Contemporânea

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS


UFRGS – Porto Alegre – RS

Aluna: Neusa Loreni Vinhas – 178555 – Pólo 1

Professora: Andrea Hofstaetter

Escola: Colégio Nossa Senhora Medianeira

Cidade: Candelária,RS

Turma: 6ª Série-28 alunos





                                          Plano de Aula-Natureza e Arte Contemporânea



Identificação:

A proposta deste Plano de Aula foi realizada no Colégio Nossa Senhora Medianeira, de Candelária, RS. A turma é uma 6ª série. São 28 alunos, da rede privada de ensino com um relativo repertório de artes construído, pois possuem professores especialistas desde a educação infantil. Quase todos os alunos são desta escola desde os anos iniciais e, portanto, conhecemos o perfil da turma, seus progressos, dificuldades e desejos de forma muito importante para desenvolver os projetos der aprendizagem.

A escola trabalha com um grande projeto a cada ano letivo que permeia as atividades sempre que possível, e á partir dele surgem outros projetos menores, mais específicos de acordo com as definições de cada turma ou ano. Este ano de 2011, o projeto maior chama-se “Medianeira, o Bem faz a Diferença”, e dentro desta proposta com o referencial pedagógico do Positivo podemos re criar nossas situações de aprendizagem.Esta turma está bastante envolvida com ações sobre o “Planeta Sustentável”.Minha escolha considerou este item também para que este “Plano de aula” não ficasse fora de contexto no projeto em andamento.

Nossa escola possui recursos de multimídia a disposição dos alunos.Laboratório de informática com uma máquina por aluno, projetores para sala de aula com notebooks e som ,sala de multimídia com tela interativa, multi câmera (uso muito, pelo padrão de imagem),telão com conexões de internet , e em todas as salas de aula.Temos um profissional que nos auxilia na parte técnica e um professor da área pedagógica para amparo nas nossas aulas.Esta estrutura nos auxilia muito no aproveitamento destes instrumentos.Temos uma sala destinada para artes visuais com o material que necessitamos, tanque, prateleiras ,varais e muitas mesas e cadeiras com uma área em frente que nos oportuniza um espaço ótimo.


Temática:

Consideramos a proposta de a disciplina incluir o estudo de arte contemporânea, o envolvimento da 6ª série no projeto da escola e os conteúdos que deverão ser contemplados. Fizemos um recorte com a produção dos artistas: Frans Krajcberg, Siron Franco,Celso Gutfreind e Luiz Eduardo Robinson Achutti.


Conteúdos Privilegiados:

-Arte e meio ambiente

-Desenho de observação

-Leitura de imagem

-Escultura

-Fotografia

-Arte contemporânea e liberdade de materiais

-Arte como função social


Objetivos:

-Oportunizar o estudo da arte contemporânea através do conhecimento de obras e artistas, suas poéticas, experiências em diversos materiais e suportes.

-Propor um percurso de atividades que possam desenvolver a compreensão estética e ampliar o vocabulário de arte e cultura, considerando o engajamento dos referidos artistas nas causas sociais e os materiais alternativos envolvidos na sua produção.

-Desenvolver habilidades do desenho através de observação e experenciamento com texturas, formas, contornos e cores presentes na natureza

-Educar e sensibilizar olhares para a arte e para o ambiente que vivemos

-Estimular a pesquisa

-Construir tri dimensões, frotagem e relevos em papel


Organização Didática:

Organizamos nossa proposta percebendo a escola como um universo possível para os alunos expressarem seu discurso, seu olhar sobre o mundo e suas produções e criações. Pensamos a arte como processo de conhecimento que pode acessar as apropriações dos códigos necessários para a criação do vocabulário expressivo dos alunos, a construção de sua poética pessoal, estimular a alfabetização estética e a educação dos sentidos.

O ensino de artes deve ser pensado e construído como espaço de fruição, reflexão e ação possibilitando o desenvolvimento da percepção do mundo além da escola, ampliando a dimensão de humanidade, exercitando a cidadania.


Aula nº1 e aula nº 2-

Atividade 1-Apresentamos imagens de obras de Krajberg, Siron Franco e fotografias de Luiz Eduardo Achutti de “Le Bois de Boulogne,Elogio da Miopia e Outras Visões”, na sala de multimídia com sonorização de falas de Krajberg e textos de Celso Gutfrein do mesmo material. O telão com imagens, as falas e textos promoveram provocações importantes para proposta e resolução do problema do projeto.As imagens do Livro de Achutti e os textos utilizei a multi câmera que projeta através do computador com uma excelente qualidade ,pois as imagens não estão na internet e são de uma qualidade magnífica.Como segue.

-Sobre a qualidade das obras de Krajcberg,sobre a validade de juntar questões sociais como Siron Franco e Krajcberg na sua produção.Foram unânimes sobre a beleza dos textos e a importância do engajamento na preservação da natureza.Já conheciam obras de Siron do Bienal da bienal do mercosul.Ficaram sensibilizados com as imagens e textos.


Aula nº3 e aula nº 4

Atividade 2-Reflexão, e discussão sobre as imagens e textos. Realização de anotações no diário de bordo, que é um “caderno de afetos” que os alunos possuem e realizam ali seus registros durante todo o ano.

Atividade 3-Articulação do roteiro de ações de forma cooperativa, com exploração do tema e dos conteúdos em pauta. Neste momento fizemos a mediação de situações possíveis como é nossa prática em outros propostos.Fizemos grupos para estudo de obras em específico mais detalhada, com pesquisa e leitura das imagens individuais e em conjunto.Este “texto” nos interessa como imagem para planejarmos nosso percurso.Em seminário posterior faremos esta “apresentação” de cada grupo, com os referenciais construídos e socializados com os demais alunos.Neste momento torna-se fundamental a evidência no vocabulário expressivo , os discursos e percursos dos artistas, elementos que permeiam as suas produções: poéticas e estéticas.Outro elemento importante são as conexões possíveis com outras linguagens, outros artistas e fatos relevantes da realidade de nossos alunos.

Muitas idéias de ações surgiram, focadas nas fotografias e passeios ,saídas de campo e campanhas.Anotamos tudo e decidimos a data de nossa primeira saída.

Aula nº5 e aula nº 6

Atividade 5-Estudamos as características dos objetos tri dimensionais no laboratório de informática com interferências e comparações com outras obras e artistas.Neste momento começaram a pensar seu próprio trabalho, o material que seria usado para suporte, os nomes e as questões obre a poética dos artistas.Sobre dar nome para a produção como:Criação I, ou Sem título II seriam considerados erros pois acreditavam que se o trabalho fosse feito deveria sempre ser acompanhado de um título...As anotações nos diários , são sempre feitas.Neste dia combinamos nosso passeio num local aqui perto, solicitamos a autorização e outros detalhes.Os alunos estão nem envolvidos e com “grandes” intenções.As saídas dos muros da escola sempre provocam uma grande expectativa.


Aula nº7

Atividade 6-Organizamos o passeio nas proximidades da escola para fotografias de natureza morta em pequenas dimensões e coletar restos de natureza morta, raízes, folhas, cipós, galhos secos.Foi uma atividade muito boa.O dia nos auxiliou e as crianças viraram verdadeiros exploradores.Fotografaram tudo que viam pela frente.Lembravam das imagens, pensavam as texturas dos troncos e folhas, observavam as formas e o que era vivo ou morto na natureza .Sobre fotografia em outro momento neste ano tivemos um breve “curso” com o pai de um colega , então sabiam as noções principais de sombras e luz, sobre aproximar ou afastar a câmera e suas conseqüências, isto também provocou muitas discussões.Sobre as diferentes cores das folhas, a coleta foi importante.Depois de um determinado tempo precisamos selecionar os materiais , que eram muitos e pensar o que poderia ser aproveitado nas “esculturas” e o que deveria ser devolvido no campo, pois era muito material selecionado.Ficamos quase toda a tarde envolvidos e o retorno foi ainda protestado por alguns.Combinamos que cada aluno faria seleção de suas fotos mais importantes e que iríamos criar um grande álbum e quem sabe imprimir algumas posteriormente.O material coletado ficou na sala de artes para próxima aula.

Aula nº8 e aula nº 9

Atividade 11- Vimos o vídeo biográfico de Frans Krajberg e seu percurso em defesa do meio ambiente, com o processo de criação de algumas obras. Como utiliza os elementos da natureza.

Atividade 13-Construímos uma “escultura” com objetos coletados da natureza morta, com título referente à proposta.Escolheram usar potes com argila como suporte e alguns usaram barbantes para ajudar.Muitas experimentações, olhares e “desastres” com alguns materiais frágeis coletados.Alguns trabalhos ficaram para ser concluídos fora de horário antes da próxima aula.Mas a produção foi acompanhada de muito prazer, associações e comparações.


Aula nº10 e aula nº 11

Atividade 14-Desenhamos com carvão cada um observando uma “escultura” que não precisava ser a sua, depois de uma apresentação individual das produções já identificadas pelo título escolhido.Esta escolha foi acompanhada de buscas como se fossem explicações para o título dado a produção:” Parece com que? Tu sente o que quando olha? Mas lembra uma coisa conhecida? Mas tem que ter um pouco de mim ou do que eu penso. As pessoas tem que olhar e saber que fui eu antes de olhar a etiqueta.Nos museus ou nas exposições eu não olho primeiro a etiqueta.Eu sempre olho ,acho que ajuda a identificação.Eu acho que é ruim olhar porque daí a gente já pensa que parece ou não com o que está escrito”.

As produções ficaram muito boas, e o carvão que usamos foi de uso para churrasco mesmo, com a mesma intenção de ser “restos” da natureza.Este uso causou um pouco de desconforto, embora já tivessem feito uso,porque em alguma situações não desenhava, ou não tinha a mesma textura nos traços.Mas todos fizeram várias experiências e escolheram uma para expor juntamente com as tri dimensões no hall da escola.


Aula nº12

Atividade 15-Exposição dos trabalhos na escola, fotografamos e postamos no blog da turma.Alguns leram as escritas do diário de bordo no final do turno.Somente comentários positivos e desejos de continuar as atividades.Grande satisfação e ainda curiosidade com as fotografias que produzimos.


Avaliação 1:

Pensando a avaliação como processo constante de reflexão realizamos através de observação e anotações individuais constantes.

A leitura dos diários de bordo entregue pelos alunos será considerado instrumento importante para nossa análise. A interação nos diversos momentos da situação de aprendizagem,as reflexões, pesquisas, a organização dos conteúdos, a re elaboração dos conhecimentos propostos e a representação artística como produção individual na escultura, desenho,relevo e frotagem.

Avaliamos em forma de falas sem organização prévia o projeto até esta etapa para concluir meu relato , mas as atividades continuam conforme observei no final deste relatório.Li alguns cadernos que os alunos entregaram.


Avaliação 2:

Pensando a avaliação agora no olhar de aluna estagiária, também em processo, penso que pudemos oportunizar um crescimento no estudo da arte contemporânea que era um de nossos objetivos.As conexões que os alunos estabeleceram foram muitas e continuamos com o projeto. As diferentes possibilidades de fazer arte e de suas funções na sociedade com as poéticas de cada artista ajudaram os alunos desenvolver a compreensão estética e ampliar o vocabulário de arte e cultura, considerando o engajamento dos referidos artistas nas causas sociais e os materiais alternativos envolvidos na sua produção.Penso que a educação do olhar percorreu nosso trabalho e presenciamos nas falas e relatos dos alunos a sensibilidade para o ambiente em que vivem e as questões de preservação que convivemos ou não.Ainda desenvolvem-se atividades do projeto inicial e a pesquisa continua em andamento.Penso que as aulas foram além das questões pontuais conteudistas que oportunizam um “fazer” deslocado e sem significação.Em algumas oportunidades ainda temos alunos que aparecem com materiais de natureza morta que observaram com formas ou cores admiráveis.Imagens da natureza “falam” e despertam mais do que o que se vê, mas o que sente...


Observação:

O projeto tornou-se amplo para uma locação de tempo de duas aulas semanais nesta escola. Com o aval da coordenação da escola, nos autorizaram um tempo maior com utilização de algumas aulas extras, considerando um licença saúde um professor , onde já iniciamos o trabalho no dia 09 de junho de 2011 com duas aulas.Selecionamos algumas ações que daremos prioridade neste planejamento:

Atividades: 1, 2, 3, 5, 6, 11, 13, 14, 15, que ocuparam 12 horas aula, no total.


Atividades em andamento:

4-Pesquisa de crimes ambientais em nossa região ou ações de depredação, em jornais ou outras fontes, com posterior socialização.

7-Visualizar as fotografias de forma coletiva, e organizar exposição, com as seleções.

8-Desenhar como exercício de observação observando texturas, pressão ou não do lápis, folhas, galhos, ou árvores, escolhendo “janelas”, utilizando lápis 6 B.

9-Realizar frotagens usando giz de cera em texturas com folhas ou cascas de árvores

10-Construir relevos em papel como uma das técnicas preferidas de Krajberg

12-Assistir ao vídeo Siron Franco – Natureza e Cultura, com fragmentos de sua trajetória em defesa das causas sociais


Referências:

GUTFREIND, C; ACHUTTI, L. A. Le Bois de Boulogne: elogio da miopia e outras visões. 1ª Ed. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000

SANTANA, Renata. Frans Krajberg: a obra que não queremos ver. São Paulo: Paulinas, 2006

BUORO,A; KOK,B;ATIHÉ,E. Cicatrizes: A arte e a natureza em obras de Frans Krajberg, Siron Franco e Roberto Burle Marx. – O Leitor de Imagens.São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008