sábado, 25 de junho de 2011

Meu Filme-Enigmas ou Alegoria Da Caverna


                                                     Enigma ou Alegoria da Caverna...



Ainda presente Regina Silveira no olhar que desenvolvemos o vídeo. A sombra fascina quando nos proporciona um exercício de olhar.

As sombras encontram-se, afastam-se, unem-se em novas formas nos contornos e nas percepções.

Redesenham novamente. É um fenômeno em transformação, aprofundam o sentido da visão da cena. Permitem-nos, um percurso próprio, alucinações. São investigações.

Re pensando as possibilidades do primeiro vídeo Enigma – Tributo à Regina Silveira elaborou as possibilidades do ser humano ampliar o olhar.

Imaginemos, escreve Platão, uma caverna separada do mundo exterior por um alto muro. Entre esse muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa uma luza externa... os prisioneiros lá dentro julgam que as sombras das coisas e das pessoas, são as próprias pessoas...

Para este novo vídeo pensamos nas “frestas”, na possibilidade de experimentar perceber, olhar e ver de outro jeito. Delumbrar-se.

Nas primeiras imagens pessoas e animais movimentam-se, e aos poucos a “figura humana” presente no vídeo se faz num outro contorno, diferente, elaborando subjetividades

Pode haver um mundo diferente. O pôr do sol , com uma luz que se define pouco com o primeiro olhar .

A luz está lá, se pondo, presente, deixando a cor, virando sombra. Olhar de ilusionista.Projeção de um dia que acaba e outro que começa.Relação profunda entre luz e sombra,início e fim,preto e branco,ilusão e realidade, encantamento e dor.

Tentamos colocar neste trabalho a possibilidade de “espiar na fresta” da caverna, da terceira margem, da contemporaneidade. da Reflexão.Uma pessoa se dissolve, se transforma, muda e “dá asas ao olhar”.

“Pensando em “Merleau Ponty,” o ser se vê vidente, toca-se tateante, confunde-se com as coisas do mundo, e tomado no meio delas, é captado na sua contextura”. ( Merleau Ponty, 2004,p.19-20)

Pensamos em deflagrar uma construção de profundidade no olhar, novas visualidades para a vida, para a arte para mundo.

Contemplações.

Frestas.



Referências Bibliográficas:

MERLEAU – PONTY, Maurice. O Olho e o Espírito. São Paulo: Cosac e Naify, 2004

Enigmas-Tributo à Regina Silveira

Enigmas-Tributo à Regina Silveira


Sobre o que estamos pensando em nosso vídeo?Por que este tema?O vídeo transmite nossa idéia?...

Por todo caminho minha sombra está... fragmento da música da Pity,Sombras.

Mas que seriam sombras?Dissimulações? Pensei neste tema, explorei outras formas, fiz e refiz imagens. Um contato com imagens em movimento, uma escuta mais atenta do entorno.O que poderia gerar um olhar expansor? Esta investigação de imagens que se movem que possam contar uma história é um processo de manipulação?

“Transformar o óbvio em inesperado”, como nos diz Boltanski? Estaríamos negando a imagem inicial, colocando nosso olhar na sombra?Nossa moldura e nosso foco é um processo seletivo e, se somos “fabricantes de sentidos” como nos diz Mirian Celeste Martins, somos agentes de nossas escolhas.

Regina Silveira e sua encantadora forma de “brincar” com a deformação das imagens, com os objetos não reais, com uma presença que evoca uma coisa que não está nos propõe um olhar demorado nesta poética.

No vídeo, que chamei de “Enigmas-Tributo à Regina Silveira”, percorri um caminho de pensar a distorção como uma nova possibilidade, de perceber na desconstrução uma construção, um sentido novo, diferente. Os elementos surgiam na projeção não como fantasmas, mas com almas, como figuras ingênuas.As imagens foram “capturas”.Um mundo estranho,presenças e ausências com sentido.Nosso olhar despido do outro, como nos diz Arnaldo Antunes, é possível? Regina Silveira e seus trabalhos sempre me seduziram e as nossas experiências são as geradoras de nossas relações, por isto tentei buscar a destruição da imagem inicial e a construção da imagem ilusória, próxima, significante, pensada. Imagem sentida.

Escutei a água no esguicho e me extasiei com a sombra projetada. O barulho e a imagem se fundiam, com as folhas, com o balanço com o movimento.Nunca tinha pensado na imagem da água.Uma água não azul, não com ondas, mas com sombra, com projeção...O cão, imagem de afeto, sem nome, agora sombra,estranhamento.O embalo da rede, uma ausência?Presença da imagem, da fotografia, do texto. O fio do varal, não seriam linhas desenhadas na parede de propósito aguardando uma fotografia? Emaranhados que lembram um pouco Boltansky e seus experimentos de luz. Eu, o vento e o movimento.Seriam como a “geometria do absurdo” da Regina Silveira...

Poderia pensar mais.Poderia surgir outros vídeos. Um inventariar de olhares.Perceber as sombras ,atravessar os personagens, são sempre recortes.Penso no vídeo como uma recriação,tornar diferente.Imagem objeto,fusão,movimento.Um entorno , um novo estado das coisas.

Filme Números - Minha Vida

Lendo Imagens-Neo concretas

Movimento-1965
Walemar Cordeiro

Esta obra se insere no contexto do movimento Ruptura, a que vários artistas de São Paulo se ligaram para formar um núcleo de arte concreta no país, influenciados pela Primeira Bienal de São Paulo, também em 1951, na qual o artista suíço Max Bill tornou-se grande referência.
 O que os artistas do Ruptura queriam era uma ideia de construção artística, baseada na lógica e na intuição, com princípios claros, inteligentes, sintéticos.
A obra Movimento é um bom exemplo dessa busca dos artistas do movimento concretista.
Seu autor, Waldemar Cordeiro, foi o mentor do grupo Ruptura.
O movimento a que se refere o título desta obra está ligado à ideia de Waldemar Cordeiro e dos artistas do grupo concretista de que a arte não representa algo externo a ela mesma e se estrutura na própria percepção do observador.
-Observe a tendência de disposição formal da obra, vertical ou horizontal? -Quais são as cores, ou as diferenças cromáticas da obra. Como elas estão organizadas?
 -Como se estruturam as seqüência de “movimento”:são iguais e inteiras, ou são quebradas? -Como é a luz da obra?
-Como vocêacha que a sensação de movimento se forma aqui? -Sinto alguma sensação especial quando vejo a obra?
-Qual?Quais os argumentos que eu observo?
-É uma obra bonita?Justifique.
 -Qual título poderia ser dado para a obra?
 -Esta obra pode ser representativa do movimento artístico que pertence ? Justifique.
-Construa uma nova imagem, usando materiais de livre escolhas que permita a idéia de “movimento”.Justifique sua escolha e elementos construtores da nova imagem.

Neo concretismo no Brasil

Manifesto Neo Concreto... Moro no Rio de Janeiro nos idos de 1959, e li, o Manifesto Neoconcreto publicado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, publicação que serve de abertura para a 1ª Exposição de Arte Neoconcreta no Museu de Arte Moderna/RJ. Somos 40 milhões de brasileiros, governados por Juscelino Kubstchek , época de muito desenvolvimento industrial e modernização, a chegada da televisão, a inauguração de Brasília (21 de abril de 1960). Visito a exposição. Fico extasiada É preciso que meus alunos do 2º grau possam perceber também este evento como marca histórica para arte brasileira. Como farei: 1-Uma contextualização em sala de aula anterior a visita, para que as obras possam dialogar de forma significativa com os alunos. Um texto será distribuído para leitura coletiva para que possamos instigar a curiosidade e escutar o repertório que já temos construído com este grupo. A contextualização será acompanhada do maior número de imagens que conseguirmos das obras de artistas citados aqui, desde Max Bill, Di Cavalcanti e os artistas abstratos citados. .2-Uma leitura será proposta, com um contexto histórico vigente e como estas obras nos interessam para compreensão do movimento artístico que estamos vivendo. Os conceitos que deverão estar em nossos estudos neste momento são: abstração, arte concreta e neo concreta. O momento que vivemos de pós-segunda guerra mundial, nos coloca num período de otimismo da euforia de que voltamos a paz.O nosso país passa por um momento de grandes promessas, o “milagre econômico”.A nossa agricultura,floresce,cresce a indústria siderúrgica,encontramos petróleo em nosso solo.A arte abstrata coloca estas realidades de nosso país, uma nova visualidade para um novo pais.Estão sendo criados novos museus e instituições que estão dando fomento à arte.Em 1951 é inaugurada a 1ª Bienal de São Paulo.A cultura brasileira acompanhava o ritmo das mudanças.Novas idéias surgiam nos diferentes domínios da arte, com a Bossa Nova,O Cinema Novo, O teatro de Arena, as vanguardas concretas na poesia e nas artes plásticas, os festivais de músicas transmitidos pela televisão. 3-Um exercício de recorte com uma fita colada (fita de Moebius), cada aluno receberá uma fita colada com a proposta de recorte para a direção que quiserem 4- Reflexões pertinentes aos recortes de cada aluno. Exposição de suas “obras” recortadas. 5-Em seguida apresentaremos numa impressão a obra: Unidade Tripartida de Max Bill, 1948 -1949 de aço inox Unidade Tripartida, Max Bill, 1948 -1949 A vinda de Max Bill, suíço, ao país com sua escultura, uma arte abstrata que simboliza uma fita contínua em que todos os pontos se unem, torna-se um símbolo da evolução da arte abstrata e da importância para os brasileiros de uma experimentação nesse campo de artes. O artista buscava substituir o “caos pelo cosmos” criando uma arte pura, organizada e sintética. 6-Organizarei provocações numa tempestade de idéias para um levantamento prévio sobre que arte estamos fazendo no Brasil? O que a obra de Max Bill propõe? O que este “movimento” estaria buscando? Novamente faremos uma breve contextualização para podermos desenvolver a compreensão do neo concretismo, e visitarmos a exposição. Aqui no Brasil a integração da arte abstrata cria uma nova proposta de arte e repensa o valor social da obra influenciada pelo figurativismo. Os concretistas vêem a chance de romper com as idéias que estão vigorando aqui no Brasil, e estão chamando de “nacionalismo figurativista que propõe uma idéia ao exterior como algo tropical,exótico e regionalista.Estamos com os concretistas rejeitando a abstração e a expressão lírica e religiosa. Um dos assuntos atualmente, portanto é “a briga” entre os figurativos e os abstratos. Sabemos que neste primeiros anos da década de 50,criou-se no Brasil um movimento em favor dos projetos abstrato construtivos.Também na 3ª Bienal, em 1955, artistas brasileiros que eram ligados diretamente à arte concreta como Lygia Clark,Lygia Pape,Luiz Sacilotto, Maurício Nogueira Lima,Geraldo de Barros.Waldemar Cordeiro,Fiaminghi,Flexor e Judith Laund estão presentes. Alguns críticos falam sobre a busca de uma identidade brasileira, através de cores e temáticas, como buscava o modernismo antropofágico. O movimento abstrato está enfraquecendo e cresce muito.Estes movimento concreto e neo concreto torna-se uma referência artística no nosso país.Embora muitos artistas e outros críticos acham que neste tempo de pós guerra não há espaço para uma arte que fuja da realidade, que rejeita a simbologia do real e a figuração, e combatem as propostas abstracionistas, pois acreditam que somente uns poucos intelectuais entendem esta arte.Um artista que está contra é Di Cavalcanti que afirma: "... O que acho, porém vital é fugir do Abstracionismo. A obra de arte dos abstracionistas do tipo Kandinsky, Klee, Mondrian, Calder é uma especialização estéril. Esses artistas constroem um mundozinho ampliado, perdido em cada fragmento das coisas reais: são visões monstruosas de resíduos de resíduos amebianos ou atômicos, revelados por microscópios de cérebros doentios...” 7 - Onde os artistas ditos concretistas buscavam suas inspirações para este movimento brasileiro?Leitura de algumas imagens. O que estas obras possuem em comum?Ou diferentes? Artistas do exterior como Kandinsky, Mondrian, Paul Klee, Malevitch, Talin e Wols, são inspirações para artistas brasileiros concretistas. Piet Mondrian, 1920-Composição Kandinsky, 1911-Composição Paul Klee, Rose Garden, 1920 ,Malevicth ,Suprematismo, 1915 8-Retornando aos conceitos: concretismo.O que os caracteriza?O que buscam? O concretismo na arte é a promessa da construção do novo.Uma arte democrática é pregada.Deve ser uma arte com simplicidade e objetividade.Prega uma linguagem universal, livre de contextos específicos e livre de um excesso de subjetividade e emoção.São artistas construtivos e se dividem em concretos e neo concretos mais tarde. 9-Ainda em debate orientado na sala de aula com textos e imagens, o que buscam os artistas neo concretos? Buscam também uma arte que substitui a noção de expressão emocional pela noção de pensamento. De construção mental. Defendem a liberdade de experimentação, o retorno às intenções expressivas e o resgate da subjetividade. Querem a recuperação das possibilidades criadoras do artista, não mais considerado um inventor de protótipos industriais.Também propõe a incorporação efetiva do observador, que ao tocar, manipular as obras torna-se parte delas.Os neo concretistas defendem na obra de arte sua “aura”.Este movimento neo concretismo surge em reação ao concretismo, criticando a “perigosa exacerbação racionalista na arte concreta, buscavam um retorno ao humanismo.Havia necessidade de exprimir a complexa realidade do homem moderno dentro da linguagem estrutural da nova plástica, negando as atitudes cientificistas e positivistas em arte, colocando a importância de expressão. “Não concebemos a obra de arte nem como “máquina” nem como “objeto”, mas como um quase-corpus, isto é, um ser cuja realidade não se esgota nas relações exteriores de seus elementos; um ser que, decomponível em partes pela análise, só se dá plenamente à abordagem direta, fenomenológica.” 10-Neste cenário dois grupos de engajamento surgem: Ruptura e Frente.O que define estes precursores?Com material impresso, farei na sala de aula grupos de estudo.Um grupo Ruptura e outro Frente.Gostaria que chegássemos a resultados mínimos como coloco abaixo: Em 1952, surge o grupo Ruptura liderados por Waldemar Cordeiro, integrado por LotharCharoux, Geraldo de Barros, Anatol Wladslaw,Féjer, Leopoldo Haar e Sacilotto.Reuniam-se para discutir os ensinamentos dos mestres como Kandinsky e Mondrian.Este grupo propõe o rompimento com a figuração e o naturalismo , considerando-as “arte antiga para uma realidade antiga”.Uma frase que encerra um manifesto do grupo Ruptura é: Arte moderna não é ignorância; nós somos contra a ignorância”. Em 1954, dois anos depois surge o grupo no Rio de Janeiro, Frente, mais livre de regras e formados por Ivan Serpa, Lygia Clark, Lygia Pape. Franz Weissmann, Décio Vieira e Abraham Palatinik, além de César Oiticica,Elsa Martins da Silveira,Emil Baruch e Rubem Ludof.O Frente criticava o excesso do racionalismo teórico dos paulistas e considerava ainda que abstração geométrica pudesse ter “corpo e alma”.Um fenômeno muito importante do neo concretismo foi à adesão de escritores, autores da nova poesia neo concreta, como Décio Pignatari,Haroldo Campos e o crítico Ferreira Gullar que escreve o manifesto Neo concreto publicado no Jornal do Brasil, em 22 de março 1959. 11-As imagens que conseguirmos dos grupos Ruptura e Frentes serão levadas para sala de aula, para importantes leituras dos alunos.Todas as considerações deverão ser anotadas e consideradas relevantes. 12-Do que trata o manifesto neo concreto? Quais seus principais apelos?Através da leitura do suplemento dominical do jornal do Brasil que conseguimos muitas edições, faremos uma leitura dinâmica onde cada grupo ou aluno levantará as questões que julgar pertinente, diante de nosso estudo até então.Estes dois fragmentos não poderão faltar nas seleções. Este manifesto neo concreto marcou um momento de crítica e tomada de posição contra o ideal mecanicista de arte concreta e uma reação à arte figurativa de linguagem geométrica.No manifesto os artistas dadaístas e surrealistas são duramente criticados e suas ideologias desprezadas, retornando a proposta de arte como expressão e instrumento de construção social e cultural.Alguns fragmentos: A expressão neoconcreto é uma tomada de posição em face da arte não-figurativa “geométrica” (neoplasticismo, construtivismo, suprematismo, Escola de Ulm) e particularmente em face da arte concreta levada a uma perigosa exacerbação racionalista. Trabalhando no campo da pintura, escultura, gravura e literatura, os artistas que participam desta I Exposição Neoconcreta encontraram-se, por força de suas experiências, na contingência de rever as posições teóricas adotadas até aqui em face da arte concreta, uma vez que nenhuma delas “compreende” satisfatoriamente as possibilidades expressivas abertas por estas experiências... Não concebemos a obra de arte nem como “máquina” nem como “objeto”, mas como um quasi-corpus, isto é, um ser cuja realidade não se esgota nas relações exteriores de seus elementos; um ser que, decomponível em partes pela análise, só se dá plenamente à abordagem direta, fenomenológica. Acreditamos que a obra de arte supera o mecanismo material sobre o qual repousa, não por alguma virtude extraterrena: supera-o por transcender essas relações mecânicas (que a Gestalt objetiva) e por criar para si uma significação tácita (M. Pority) que emerge nela pela primeira vez. Se tivéssemos que buscar um símile para a obra de arte, não o poderíamos encontrar, portanto, nem na máquina nem no objeto tomados objetivamente, mas, como S. Lanoer e W. Wleidlé, nos organismos vivos. Essa comparação, entretanto, ainda não bastaria para expressar a realidade específica do, organismo estético. 13-Agora estamos prontos para visitar a a1ª Exposição de Arte Neo concreta no Museu de Arte Moderna/RJ. A visita será acompanhada da professora que usará a observação e escuta atenta a fala e leitura dos alunos.Provocações possíveis com as obras poderão instalar-se durante o percurso.As obras expostas serão vistas com um olhar mais atento para as questões elaboradas anteriormente em nosso estudo.Algumas obras: Lygia Clark-Série Casulos-Plano em Superfície5 1959 , Mauricio Nogueira Lima, 1953, Objeto Rítmico nº 1 Lygia Pape,Sem Título, 1959,Série Tecelares Hélio Oiticica,Meta esquemas,1957 Lygia Pape, Tecelares,1957 Lygia Clark,Plano em Superfície Modulada nº 2, 1956 Ivan Serpa,Faixas Ritmadas,1953 Ivan Serpa, Construção nº 87, 1956 Franz Weissmann, Tres pontos, 1957 Franz Weissmann,Escultura Linear,1954 Franz Weissmann,Composição com semi círculos,1953 14-Depois da visita faremos um seminário para análises das obras, observações e retorno às pesquisas.Uma nova leitura do manifesto neo concreto terá objetivo de “comprovar” a proposta deste artistas.Observações sobre as poéticas pessoais dos artistas e das buscas do movimento neo concreto, como importante marco para arte brasileira. . Referências: http://artelatina2009.blogspot.com/2009/08/universos-particulares-e-mitos-1.html-acesso em 19/06/2011 http://www.webartigos.com/articles/14754/1/A-Arte-Concreta-no-Brasil/pagina1.html#ixzz1PfAzh2sp – acesso em 19/06/2011 http://almanaquedec50.blogspot.com/ - acesso em 20/06/2011 http://www.webartigos.com/articles/14754/1/A-Arte-Concreta-no-Brasil/pagina1.html#ixzz1Pf9mdC7Q-acesso em 20/06/2011 http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3777-acesso em 19/06/2011 MALEVITCH, K. "Introdução à teoria do elemento adicional na pintura" in H. B. Chipp, Teorias da Arte Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 1988, tradução de Waltensir Dutra . CANTON,Katia.Retrato da Arte Moderna, Uma História no Brasil e no Mundo Ocidental.São Paulo, Martins Fontes, 2002.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Duas Leituras Imperdíveis-Mírian Celeste Martins

Mediaçãoes....Curadoria Educativa..

Mediação e Curadoria Educativa

Mediação e Curadoria Educativa.... Olhares com Mírian Celeste Martins Em outros momentos de minhas reflexões este viés percorria nossas falas com a professora Mírian Celeste Martins presente “de corpo” duas vezes e presente de “alma “muitas vezes, através de suas escritas.Nosso grupo de estudo falava, escutava e se encantava com estes olhares, com estas possibilidades que o processo de mediação pode nos oferecer.O que é mediação e o que ela provoca, faz parte das inquietações dos professores entrevistados no texto em estudo, e certamente faz parte das nossas . Questões nos instigam e “perseguem” as reflexões da professora Mírian e de outros professores, como ela coloca no prefácio deste livro: “Como provocar experiências que ressoam na pele, que penetrem no corpo? Como instigar o olhar apressado e superficial e torná-lo um olhar curioso, um olhar estrangeiro? Como potencializar ações que gerem o Dewey denomina de experiência estética?” Estas perguntas são constantes em nossos estudos, pois depende de nossas propostas, de nossa concepção, de nossa função como professores pesquisadores e de nossas provocações.Somos professores propositores, dependem de nossos recortes as seleções que levamos à nossa sala de aula.Percebendo a mediação também como “dar acesso”,nosso papel sem encaminha para oportunizar encontros,pois acreditamos no desenvolvimento de uma bagagem cultural, como nos diz Panofsky” a experiência re criativa de uma obra de arte depende não apenas da sensibilidade natural e do preparo visual do expectador, mas também de sua bagagem cultural. Não há espectador totalmente ingênuo”.O papel do mediador é criar situações de encontro com arte, como objeto de conhecimento, para que possamos ampliar a leitura e a compreensão do mundo e da cultura. O que é mediação? Mediação é encontro, entre o observador e o objeto, um encontro composto de sensibilidade, de ressonância,de fruição.Mediação é des velamento, amplia conexões...Como nós professores, “nos encontramos” e como promovemos estes encontros na nossa prática? Mediação é ampliação de conhecimento, propõe um desenvolvimento, permite um novo olhar, re construção significados, interpretação, expansão, exploração. Mediação é ir ao encontro ao repertório cultural e aos interesses do outro, respeito ao que já existe, um olhar ao que está construído no aluno, ao conhecimento prévio,fazer “ganchos” , conexões que possam dar significado às suas aprendizagens.Respeito às considerações anteriores do expectador, às suas leituras, às suas formas de julgamento. Mediação é conectar conteúdos e interesses, conexões dos interesses dos alunos aos conteúdos da linguagem da arte.Provocações, estímulo à curiosidade, “tornar os saberes ensináveis”, como nos diz Perrenoud. Mediação é ir além dos conteúdos, provocações para mais perguntas, indagações ,potencialização de outros modos de percepção além da ilustração como reforço, como exemplo. Mediação é aproximar, ativar culturalmente de obras e artistas, propor investigações estéticas, dar acesso a livros, museus, obras,escritas e outras possibilidades. Mediação é reflexão, leituras internas, permitir emoções, acessar as obras com as subjetividades. Mediação é experiência, promoção de experiências estéticas nas suas mais diversas formas, experiências significativas,criarem condições para que as experiências possam acontecer na vida dos alunos.Experiências constroem identidades, provocam transformações. Mediação é diálogo, conversação, problematizar situações, propor questões ,escutar, valorizar a indagação,promover novas buscas antes de respostas. Mediação é atitude do professor, consciência do educador, de suas funções pedagógicas,reflexão sobre nossa prática, re construção de metodologias e concepções.Professor pesquisador,propositor,construtor de histórias,estético, crítico. Mediação é compartilhar, apreciações coletivas,participar da ação do aluno,ação de mediação não é centrada no professor. “Mediação é um percurso - olhar o outro, o próprio, ampliar através das imagens, sons...Relacionar-se com as linguagens.” Sobre curadoria educativa , penso que esteja relacionada às questões que permeiam nossas reflexões: Como pensamos nossas escolhas?Como promovemos estes encontros com o universo da arte? O que apresentamos aos nossos alunos? Que situações instigamos? Nossas escolhas para compartilhar são feitas como? O que motiva nossas ações educativas?Que conexões propomos? Os textos que selecionamos na imagem ou na escrita nos tocam, provocam estranhamento? O cenário das escolas é composto por quais artistas ou obras?Como nos diz , Mírian Celeste Martins: “ativação cultural de obras e artistas”.Estas escolhas declaram nosso desenvolvimento na compreensão estética nossos encaminhamentos neste mesmo percurso.

PCN'S - Ensino Médio

O currículo por “competência constitui hoje um paradigma dominante na educação escolar no Brasil” e em outros países da Europa, América ,Ásia e África. Competências são organizadores de conteúdos curriculares a serem trabalhados nas escolas,segundo os referenciais. Competências é um conjunto de operações mentais, resultados a serem alcançados no desenvolvimento do aluno.Segundo Vasco Moreto, competência é a capacidade de o sujeito mobilizar recursos (cognitivos) visando abordar uma situação complexa.Competência então seria uma capacidade do sujeito,e pensando em “mobilizar” propõe movimento, movimentar com força interior o que é diferente da tradição de transferência de informação de um lado para o outro.O conceito de competência estaria ligado à resolver situações problemas através de mobilização de recursos .As habilidades seriam então as ações que nos levariam a um “saber fazer”.Seriam ações físicas ou mentais que indicam uma capacidade adquirida.Estas habilidades podem ser desenvolvidas pelas nossas situações de aprendizagens, permitindo que possamos chegar a competência que queremos. Um currículo que “tem as competências como referência, organiza-se por operadores curriculares transversais, que se referem às competências gerais que devem ser perseguidas em todas as áreas ou disciplinas, porque são competências indispensáveis para aprender qualquer conteúdo curricular”,segundo lemos nas Lições do Rio Grande, nos Referenciais Curriculares. Um currículo por competências não elimina sem deixa os conteúdos em segundo plano.As competências necessitam dos conteúdos, estes são a sua “substância”.O currículo deve ser construído com situações de desafio para estas aprendizagens.Em cada área de conhecimento devemos identificar os conceitos imprescindíveis e as situações nas quais eles devem ser aprendidos. Conteúdo, é um meio para desenvolver competências e habilidades Currículo , são a construção e sistematização dos conceitos em rede,articulando processos de aprendizagens As competências em artes visuais, segundo os Referenciais de Lições do Rio Grande,pg. 55: Ler, leitura de imagens, se desenvolve também na pesquisa , conceitos e problemáticas relacionadas ao campo de estudo da arte, artistas, obras,estilos,movimentos,contextos,história e todo o âmbito da compreensão estética e os elementos específicos da linguagem visual. Escrever,acompanha os processos de criação, a construção de uma poética pessoal, o fazer artístico,a interpretação da linguagem artística, produção, materialidades,instrumentos e técnicas.Registros de ações, avaliações pessoais,portfólio e elaboração de projetos realizados. Resolver Problemas,estaria presente no próprio fazer artístico, a elaboração dos processos criativos pessoais, o desenvolvimento dos projetos,um pensar próprio.Cada fazer artístico desenvolve uma resolução de problemas.Desafios.

Ensino de Arte na Contemporaneidade

Ensinar arte na contemporaneidade
Ensinar na contemporaneidade em qualquer área nos instiga a um pensar em constante mutação. Nossa concepção de como nossos alunos aprendem, fatores que influenciam e conexões possíveis são fundamentais para uma prática transformadora.Artes como área de conhecimento com linguagem específica que demanda propostas metodológicas particulares no universos escolar, são conquistas históricas.Neste sentido nosso desafio como mediadores de processo de aprendizagem, como “curadores” deste “mundo imagético” , torna-se muito grande.O dinamismo do percurso de nossos alunos, as tecnologias, a imensa “onda” de informação, a quantidade imensurável de imagens que permeiam a vida de cada um,as múltiplas inteligências, a cultura visual, os temas transversais a necessidade da alfabetização visual e a necessidade da compreensão estética , são alguns dos muitos caminhos que devem ser considerados em nossos planejamentos.Além disso a escola deve ser vista como lugar significante, com espaço para a “ ecologia” individual, um espaço sócio cultural. Da mesma maneira que a sociedade, que as pessoas transformam-se, que os textos e contextos se transformam, o papel da arte torna-se um “movimento” de mudança também. Articulações com tendências pedagógicas,as produções e a estética na história e na atualidade reorientam nossas práticas.Os paradigmas contemporâneos do ensino da arte contemplam a visão construtivista, a proposta triangular e suas inter relações,como Ana Mae afirma,”a proposta é mais que um tripé, é um vai e vem de fruir e devir, de construção e evocação,de pratica e reflexão”.Além disso a visão de cultura visual com a representação de diversas culturas,a educação com imagens com a idéia de diálogo, de interpretação, com subjetividades, fazem parte de nossas propostas.E ainda, projetos de estudo, deslocamento do papel do aluno, antes passivo e agora protagonista.O aluno constrói saberes em arte, estabelece relações ,reflete sua produção e a dos outros.Poderá compreender melhor o mundo,ser inovador,criativo,interagindo com os símbolos de sua cultura com um olhar mais amplo, demorado “extesiado.

Compreensão da arte 2

Agora, Fernando Hernandez... A Pesquisa sobre a compreensão: A interpretação como chave da educação escolar- Uma questão determinante para nossa prática trata de como concebemos a construção do conhecimento. Como nossos alunos aprendem e como ensinamos, são as questões mais relevantes num currículo,numa situação de aprendizagem, na nossa prática , em qualquer área de estudo.Dependemos de um contexto dinâmico,uma “base cultural” como nos fala Fernando Hernandez. As aprendizagens acontecem na interação do sujeito com o objeto (construtivismo). A produção de significados é construída em função do contexto, de acordo com a necessidade de interpretação da realidade.Ainda pensando as reflexões de Hernandez, “só vemos o que o mundo nos permite conhecer”podemos pensar que a exploração deste mundo, sua história e circunstâncias,culturas,fenômenos sociais,contextos ,repercute em nossas formas de compreender e interpretar os fenômenos sociais.Nos reportamos ao construtivismo crítico como proposta educativa, como parte central do currículo, sendo portanto o ensino da interpretação, o ensino das leituras, de investigar os fenômenos proporcionam aos alunos uma construção crítica, um olhar amplo, detalhado que foge dos modelos determinantes e limitados.Abrem-se possibilidades, outros caminhos, a proposta contempla a des construção , oferece espaço para discussão,para o protagonismo na significação.Necessitamos compreender a conduta estética para oportunizarmos processos interpretativos com nossos estudantes . Um estudo com Piaget e os estágios, a re estruturação do pensamento, as inteligências múltiplas com Gardner, as habilidades e competências de nosso tempo, a evolução da cognição, as condutas inteligentes que cada cultura adquire são entre tantos outros, estudos que devem permear nossa prática. O conhecimento estético, a função dos diferentes agentes que interferem no processo artístico e suas relações com a construção do conhecimento são passíveis de nossa reflexão e pesquisa, especialmente na cultura visual. Pesquisas de Gardner e outros teóricos que estudaram a capacidade de produzir e utilizar símbolos, o conhecimento artístico” é uma atividade da mente que implica a utilização e a transformação de vários tipos de símbolos e de sistemas de símbolos.A percepção artística estaria relacionada com a decodificação e leitura de símbolos de uma cultura., não como mero detectar de elementos formais.” Parsons nos propõe a possibilidade de diferentes leitores utilizarem pensamentos de diferentes estágios de desenvolvimento estético, com elaboração de interpretações de maior ou menor complexidade. São estudos que poderão ir aos poucos oportunizando nossa compreensão da arte e consecutivamente uma mediação que entende a obra como um discurso, passível não só de percepção mas de interpretação.Os significados que este "discurso" nos propõe deverã ser objeto de nossas aulas.A compreeensão da arte, do objeto artístico necessita de interpretação.Somente interpretamos quando nos sentimos provocados, "interpelados", envolvidos com a obra.É uma atitude de investigação , de decifrar, de reconhecimento , instalar diálogo com a obra.Uma situação de aprendizagem, portanto, deverá estar amparada nesta "provocação",um passado, um futuro, as conexões atentas à cultura e suas produções...

Educar para a compreensão da arte

Compreensão da arte... Estou fazendo as leituras de uma forma lenta. Por particularidades de tempo e para um olhar mais demorado que realmente sinto necessidade. Minha primeira leitura foi de Anita Prado Koneski.Considerando o tema do fórum..."Educar para compreensão da arte",uma arte de nosso tempo onde nossa posição de mediador deverá ser "eficiente".A professora nos traz importantes questões para reflexão: Quais os novos paradigmas para leitura da obra contemporânea?O que nos interessa do passado ? Esta arte, que nos questiona, pode ter leitura?Segundo os teóricos, Levinas e Blanchot, será que a arte perdeu seu fundamento? Estaríamos vivendo uma crise na arte, ou na sua leitura? A arte de nosso tempo não se deixa ler pelos moldes tradicionais. Como falar de contemplação com nossos alunos se em alguns momentos podemos sentir repugnância por uma obra? A arte educação necessita ser pensada por muitos percursos.Nas situações de aprendizagens que propomos em nosso cotidiano estas questões devem ser foco de reflexão constantemente. A professora Anita, chama “de reducionismo” quando se pergunta “o que é arte?”, pois estaríamos trazendo o conceito de negação imediatamente.Segundo, ela aponta Nietzsche, “trata-se de uma fuga diante da possibilidade de interpretação da obra contemporânea. Levinas e Banchot, no texto em estudo, nos lembra que a arte de nosso tempo, não “é uma janela para contemplar o mundo ou para entendê-lo melhor”, mas propõe uma indagação, um olhar que interroga, não dá respostas, problematiza nossos encontros com cada linguagem. “Segundo professor Fernando Cocchiarale,” a questão ,da arte contemporânea é que as pessoas buscam uma ansiosa explicação verbal das obras”.A explicação assassina a fruição estética...” Nosso papel portanto para “educar para a compreensão da arte” deverá ser no sentido de oportunizar “encontros” de nossos alunos com a obra.Se as noções de sujeito, de identidade,de construção de conhecimento são contemporâneas, se este universo é construído agora , se percebermos nossa aprendizagem com a visão de redes, é convidado a pensar nosso percurso considerando as perguntas e não as respostas. Novamente Cocchinaralle nos lembra sobre a produção de sentido, que se dá através de processos de interpretação e uma mesma realidade pode suportar vaias interpretações, sem que isso gere contradição. Vale lembrar nossa conduta de “mediação” para estimular, ou aproximar nossos alunos de situações que possam des contruir modelos, mas ajudá-los na construção de um olhar mais amplo. Fonte: -Fernando Cocchiaralle- Quem Tem Medo de Arte Contemporânea-Recife-Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2006

PCN"S - Séries Finais

PCN'S Considerando os PCN’S como consta no documento, “visando à necessidade de construir referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras, respeitando as diversidades regionais”, torna-se importantíssimo nosso estudo e compreensão de sua proposta. Vejo realmente como apoio para nossos planos de estudos nas particularidades que cada escola vive.O projeto educativo de cada realidade pode apoiar-se nos PCN’S quando constrói seu percurso.Particularmente, em minha prática muitas vezes necessitei de pesquisa e entendimento deste documento. A estrutura do documento procurou “fundamentar, evidenciar e expor princípios e orientações para os professores, referindo-se à aprendizagem e à compreensão da arte como manifestação humana”. Nestas primeiras páginas temos uma relação dos objetivos gerais da área e depois os objetivos específicos de cada linguagem:Dança,Música,Teatro e Artes Visuais.A área de artes caracterizada como espaço de reflexão e diálogo,, nas dimensões de criação e apreciação. Talvez a proposta dos objetivos possa ser “pretensiosa”, ou utópica, porque uma grande maioria de escola não possuem profissionais com formação nas linguagens específicas, e nossos alunos não serão capazes como gostaríamos. Na realidade de minha escola da rede privada temos um professor de artes visuais, de música, de dança e de teatro, então trabalhamos separados, mas juntos no projeto de aprendizagem, mas na rede pública temos apenas um professor que acaba priorizando a sua área de formação. Aprender e ensinar arte... A primeira parte, ou os ciclos anteriores, são fundamentais para nossa organização no nível de conteúdo, habilidades e competências enfim, nos importa todas as questões anteriores. Os conhecimentos adquiridos, suas experiências, seu vocabulário estético construído,as linguagens e as situações de aprendizagem que desenvolveram se torna imprescindível para esta nova etapa de planejamento nas séries finais.Muitas situações percebemos que não há um profissional com formação na áreas de artes, e portanto as questões das artes são tratadas de forma equivocada ou sem nenhuma referência. Os elementos presentes nos PCN’S podem ajudar a tarefa do professor no planejamento, quando nos aponta uma referencial básica nos conteúdos , objetivos e avaliação de cada linguagem da arte. Este documento nos oferece uma referência e, portanto a construção das aprendizagens poderão ser amparadas nestes elementos. Uso os PCN’S, quando construo meus planos de estudo nas mais diversas séries. Estes planos serão minha “direção” durante o ano ou tempo a que se propõe e a sala de aula é conseqüência, nos seus projetos desta dinâmica do que espero que meu aluno o aprenda. E quais as estratégias poderão auxiliar nesta proposta. Como vou avaliar e como pensar este processo de significação.Difícil.
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS UFRGS – Porto Alegre – RS Aluna: Neusa Loreni Vinhas – 178555 – Pólo 1 Professora: Andrea Hofstaetter
Obras de Frans KrajcbergSalvai Nossas Almas -Siron Franco
Plano de Aula
Identificação:
A proposta deste Plano de Aula deverá realizada no Colégio Nossa Senhora Medianeira, de Candelária, RS. A turma que pretendemos atuar é uma 6ª série. São 28 alunos, da rede privada de ensino com um relativo repertório de artes construído, pois possuem professores especialistas desde a educação infantil.Quase todos os alunos são desta escola desde os anos iniciais e, portanto, conhecemos o perfil da turma, seus progressos, dificuldades e desejos de forma muito importante para desenvolver os projetos der aprendizagem. A escola trabalha com um grande projeto a cada ano letivo que permeia as atividades sempre que possível, e á partir dele surgem outros projetos menores, mais específicos de acordo com as definições de cada turma ou ano. Este ano de 2011, o projeto maior chama-se “Medianeira, o Bem faz a Diferença”, e dentro desta proposta , com o referencial pedagógico do Positivo podemos re criar nossas situações de aprendizagem.Esta turma está bastante envolvida com ações sobre o “Planeta Sustentável”.Minha escolha considerou este item também para que este “Plano de aula” não ficasse fora de contexto no projeto em andamento. Temática: Consideramos a proposta de a disciplina incluir o estudo de arte contemporânea, o envolvimento da 6ª série no projeto da escola e os conteúdos que deverão ser contemplados. Fizemos um recorte com a produção dos artistas: Frans Krajcberg, Siron Franco,Celso Gutfreind e Luiz Eduardo Robinson Achutti. Conteúdos Privilegiados:
-Arte e meio ambiente -Desenho de observação -Leitura de imagem -Escultura -Fotografia -Arte contemporânea e liberdade de materiais -Arte como função social Objetivos: -Oportunizar o estudo da arte contemporânea através do conhecimento de obras e artistas, suas poéticas, experiências em diversos materiais e suportes. -Propor um percurso de atividades que possam desenvolver a compreensão estética e ampliar o vocabulário de arte e cultura, considerando o engajamento dos referidos artistas nas causas sociais e os materiais alternativos envolvidos na sua produção. -Desenvolver habilidades do desenho através de observação e experenciamento com texturas, formas, contornos e cores presentes na natureza -Educar e sensibilizar olhares para a arte e para o ambiente que vivemos -Estimular a pesquisa -Construir tri dimensões, frotagem e relevos em papel Organização Didática: Organizamos nossa proposta percebendo a escola como um universo possível para os alunos expressarem seu discurso, seu olhar sobre o mundo e suas produções e criações. Pensamos a arte como processo de conhecimento que pode acessar as apropriações dos códigos necessários para a criação do vocabulário expressivo dos alunos, a construção de sua poética pessoal, estimular a alfabetização estética e a educação dos sentidos. O ensino de artes deve ser pensado e construído como espaço de fruição, reflexão e ação possibilitando o desenvolvimento da percepção do mundo além da escola, ampliando a dimensão de humanidade, exercitando a cidadania. 1-Apresentar imagens de obras de Krajberg, Siron Franco e fotografias de Luiz Eduardo Achutti de “Le Bois de Boulogne”, na sala de multimídia com sonorização de falas de Krajberg e textos de Celso Gutfrein do mesmo material. O telão com imagens, as falas e textos deverão fazer das provocações iniciais da proposta sobre o problema do projeto. 2-Refletir, ouvir, discutir sobre as imagens e textos. Realizar anotações no diário de bordo, que é um “caderno de afetos” que os alunos possuem e realizam ali seus registros durante todo o ano. 3-Articular roteiro de ações de forma cooperativa, com exploração do tema e dos conteúdos em pauta. Neste momento faremos a mediação de situações possíveis como é nossa prática em outros propostos.Faremos grupos para estudo de obras em específico mais detalhada, com pesquisa e leitura das imagens individuais e em conjunto.Este “texto” nos interessa como imagem para planejarmos nosso percurso.Em seminário posterior faremos esta “apresentação” de cada grupo, com os referenciais construídos e socializados com os demais alunos.Neste momento torna-se fundamental a evidência no vocabulário expressivo , os discursos e percursos dos artistas, elementos que permeiam as suas produções: poéticas e estéticas.Outro elemento importante são as conexões possíveis com outras linguagens, outros artistas e fatos relevantes da realidade de nossos alunos. 4-Pesquisa de crimes ambientais em nossa região ou ações de depredação, em jornais ou outras fontes, com posterior socialização. 5-Estudar as características dos objetos tri dimensionais 6-Organizar passeio nas proximidades da escola para fotografias de natureza morta em pequenas dimensões e coletar restos de natureza morta, raízes, folhas, cipós, galhos secos. 7-Visualizar as fotografias de forma coletiva. 8-Desenhar como exercício de observação observando texturas, pressão ou não do lápis, folhas, galhos, ou árvores, escolhendo “janelas”, utilizando lápis 6 B. 9-Realizar frotagens usando giz de cera em texturas com folhas ou cascas de árvores 10-Construir relevos em papel como uma das técnicas preferidas de Krajberg 11-Ver o vídeo biográfico de Frans Krajberg e seu percurso em defesa do meio ambiente. 12-Assistir ao vídeo Siron Franco – Natureza e Cultura, com fragmentos de sua trajetória em defesa das causas sociais. 13-Construir uma “escultura” com objetos coletados da natureza morta, com título referente a proposta. 14-Desenhar com carvão da escultura escolhida 15-Expor os trabalhos na escola, fotografar e postar no blog da turma. Avaliação Pensando a avaliação como processo constante de reflexão será realizada através de observação e anotações individuais. A leitura dos diários de bordo entregue pelos alunos será considerado instrumento importante para nossa análise. A interação nos diversos momentos da situação de aprendizagem,as reflexões, pesquisas, a organização dos conteúdos, a re elaboração dos conhecimentos propostos e a representação artística como produção individual na escultura, desenho,relevo e frotagem. Observação:
O projeto tornou-se amplo para uma locação de tempo de duas aulas semanais nesta escola. Com o aval da coordenação da escola, nos autorizaram um tempo maior com utilização de algumas aulas extras, considerando um licença saúde um professor , onde já iniciamos o trabalho no dia 09 de junho de 2011 com duas aulas.Selecionamos algumas ações que daremos prioridade neste planejamento: Atividades: 1, 2, 3, 5, 6, 11, 13, 14, 15, que ocupariam em torno de 10 horas aula, no total.
Referências Bibliográficas:
GUTFREIND,C; ACHUTTI,L. A. Le Bois de Boulogne: elogio da miopia e outras visões. 1ª Ed. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000 SANTANA, Renata. Frans Krajberg: a obra que não queremos ver. São Paulo: Paulinas, 2006 BUORO,A; KOK,B;ATIHÉ,E. Cicatrizes: A arte e a natureza em obras de Frans Krajberg, Siron Franco e Roberto Burle Marx. – O Leitor de Imagens.São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008

Cenário Difícil

Observação de uma Turma de 5ªsérie 1-Identificação do nível de ensino e características gerais da turma: A turma que observei é uma turma de alunos de uma das 5ªs séries, desta escola estadual no município de Candelária. A escola possui duas quintas séries, que são consideradas turmas difíceis , com problemas constantes de disciplinas, inclusive com reuniões periódicas com os pais, direção da escola,professores e serviço de orientação. Esta turma tem 32 alunos. 2. Aspectos relativos à formação e atuação do/a professor/a (sem citar nome): A professora responsável pelas aulas de artes tem formação em educação física, é o primeiro ano que trabalha com artes. A realidade da escola é resolver o problema de falta de profissionais com “horas” que sobram de outras disciplinas, por isto o aproveitamento desta professora conforme orientações da 6ª coordenadoria de educação que pertence a escola...A carga horária de artes é composta de duas horas semanais, separadas no horário. A professora relaciona-se com os alunos de forma bem autoritária, talvez tentando mantiver uma organização considerando a minha presença. Não possui nenhum contato com a área de atuação. 3. Caracterização do espaço de trabalho e recursos disponíveis: A realidade desta escola estadual é bastante comum na região. Uma estrutura física boa, graças ao trabalho da comunidade escolar através de arrecadações com festas e outras modalidades de coletas de dinheiro, além de mutirões para obras de manutenção.Falta espaço físico considerando o número de alunos.Recursos de mídia são mínimos e quase inacessíveis com somente seis computadores em funcionamento, e alguns aparelhos de sons e de televisão que podem ser usados.São usados muitas cópias de Xerox.O espaço físico das salas de aula é pequeno, com classes enfileiradas, com muitas “riscos”.As salas são de uso comum de três turnos, e as paredes não possuem quase nada em exposição.Alguns cartazes da turma de ensino médio do turno inverso sobre temas da biologia e um alfabeto e números da outra turma.Da turma observada não percebe-se nenhuma produção.A escola não possui espaço destinado para aula de artes.Não percebi a presença de nenhuma imagem durante o período observado. 4. Observação da situação de ensino-aprendizagem: ... A proposta de trabalho desta aula, pela observação feita não era conectada a nenhum projeto em desenvolvimento pela turma. A “tarefa” proposta era uma folha A4 com desenhos de figuras geométricas que deveriam ser pintadas pelas cores primárias e secundárias ,recortadas e depois coladas numa segunda folha conforme cada aluno desejasse.As cores foram explicadas oralmente para as crianças com giz no quadro negro.Pouco atentos às explicações da professora as crianças perguntavam muito sobre quais as cores deveriam usar para a pintura feita com lápis de cor.O material é todo fornecido pela escola trata-se de lápis de uma qualidade bem inferior, onde os alunos “apontam” os lápis constantemente.Este movimento gera uma dinâmica um pouco desordenada, embora seja o único permitido pela professora, pois durante as idas e vindas até a lixeira acontecem algumas “interações” e conflitos entre colegas.Sobre planejamento não percebe-se nenhuma organização, pois observamos cada aula com uma determinada “tarefa” independente.Uma criança entregou um desenho da aula anterior que era sobre o Egito. Num julgamento apressado da prática da professora percebe-se um completo desconhecimento da proposta da construção de aprendizagem na área de artes. Em nenhum momento percebemos qualquer informação ou mediação que pudesse justificar uma construção mais eficiente com as crianças.Foram experiências manuais e a forma como conduziu a “explicação”sobre as cortes inicialmente não proporcionou nenhuma experiência nem prazerosa e nem para o desenvolvimento de um vocabulário da arte.Foram ações manuais, descontextualizadas que , provavelmente não tiveram significado para ao alunos.Somente produção, sem contexto e nem fruição.Um modelo de aulas que vivemos em outros tempos na nossa formação de anos iniciais há muito tempo, infelizmente ainda em “vigor” em alguma escolas.