sábado, 25 de junho de 2011

Meu Filme-Enigmas ou Alegoria Da Caverna


                                                     Enigma ou Alegoria da Caverna...



Ainda presente Regina Silveira no olhar que desenvolvemos o vídeo. A sombra fascina quando nos proporciona um exercício de olhar.

As sombras encontram-se, afastam-se, unem-se em novas formas nos contornos e nas percepções.

Redesenham novamente. É um fenômeno em transformação, aprofundam o sentido da visão da cena. Permitem-nos, um percurso próprio, alucinações. São investigações.

Re pensando as possibilidades do primeiro vídeo Enigma – Tributo à Regina Silveira elaborou as possibilidades do ser humano ampliar o olhar.

Imaginemos, escreve Platão, uma caverna separada do mundo exterior por um alto muro. Entre esse muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa uma luza externa... os prisioneiros lá dentro julgam que as sombras das coisas e das pessoas, são as próprias pessoas...

Para este novo vídeo pensamos nas “frestas”, na possibilidade de experimentar perceber, olhar e ver de outro jeito. Delumbrar-se.

Nas primeiras imagens pessoas e animais movimentam-se, e aos poucos a “figura humana” presente no vídeo se faz num outro contorno, diferente, elaborando subjetividades

Pode haver um mundo diferente. O pôr do sol , com uma luz que se define pouco com o primeiro olhar .

A luz está lá, se pondo, presente, deixando a cor, virando sombra. Olhar de ilusionista.Projeção de um dia que acaba e outro que começa.Relação profunda entre luz e sombra,início e fim,preto e branco,ilusão e realidade, encantamento e dor.

Tentamos colocar neste trabalho a possibilidade de “espiar na fresta” da caverna, da terceira margem, da contemporaneidade. da Reflexão.Uma pessoa se dissolve, se transforma, muda e “dá asas ao olhar”.

“Pensando em “Merleau Ponty,” o ser se vê vidente, toca-se tateante, confunde-se com as coisas do mundo, e tomado no meio delas, é captado na sua contextura”. ( Merleau Ponty, 2004,p.19-20)

Pensamos em deflagrar uma construção de profundidade no olhar, novas visualidades para a vida, para a arte para mundo.

Contemplações.

Frestas.



Referências Bibliográficas:

MERLEAU – PONTY, Maurice. O Olho e o Espírito. São Paulo: Cosac e Naify, 2004

Nenhum comentário:

Postar um comentário