domingo, 25 de abril de 2010

INTERVENÇÃO URBANA...

PROJETO EJA RE -INVENTANDO CAMINHOS NA ARTE..
POSSIBILIDADES PARA INTERVENÇÃO URBANA
ARQUÉTIPOS...ESTEREÓTIPOS..
PROJETOS... INTERVENÇÃO URBANA
UMA POSSIBILIDADE EM ANDAMENTO...
Introduzindo a temática...A forma de trabalhar que procuro me indentificar nas aulas de artes é baseada na proposta de Fernando Hernandez, o ensino através de projetos de trabalho.Um projeto com sequência,encadeado,organizado com a participação intensa dos alunos é fundamental neste pensar.Um aluno protagonista,agente de seu próprio conhecimento e um professor mediador do processo.Nesta proposta estamos desenvolvendo com alunos da Eja, noturno, com perfil de trabalhadores,ou excluídos do processo normal de formação convencional, um projeto que chamamos de...Re –inventando Caminhos na Arte.Buscamos um elemento de ligação que permitisse ao aluno estabelecer relações,resignificando os conhecimentos construidos, e ampliando seu repertório no pensar arte e no produzir arte.O calçado, o sapato foi este elemento,um objeto do cotidiano,simples e com possibilidades de contextualizações no tempo,espaço e culturas.Fotografamos o próprio calçado,desenhamos,aprendemos sobre os elementos formais e informais das imagens ,lemos imagens de algumas épocas ,estudamos as poéticas e discursos de alguns artistas em diferentes fases, recortamos imagens da mídia,desenhamos calçados surreais,para artistas,fizemos mosaicos com monocromias ...enfim.estamos ainda em processo com muitas ações a cada semana ...Muitas transversalidades ocorrem durante estas ações.Nos recortes, por exemplo observamos as questões de gênero,de estereótipos sociais, preconceitos, que nos oportunizam interferência importantes no projeto...
Continuando o percurso...Os objetivos a que nos propomos está na exploração, nos embates e nas descobertas.As aulas de artes , este projeto a intervenção urbana em específico visa desenvolver um olhar mais amplo através da história da arte como passagem e a arte contemporânea como elemento principal,indicador das produções.Nosso papel papel curador, de seleção , de escolhas neste processo com os alunos é fundamental para gerar “o desconforto” da reconstrução do que é arte e como estas obras podem dialogar conosco.A temática inusitada do “calçado”, do “sapato” já nos permite uma obordagem ampla e instigante.Quem somos, por onde andamos?Quem é “calçado ou descalço”?De quem é este calçado?De rico, de pobre,de mulher,de gay...de quem trabalha onde? De que época?Porque Picasso fez um sapato tão “estranho “ no seu personagem do “Flautista”?...Estas e muitissimas outras questões permeam nossas aulas, e desenvolvem o nosso objetivo, que é desafiar para a um compreensão crítica para uma reconstrução democrática do fazer artístico....
Surgindo a intervenção...Os objetos de interesses, calçados além do espaço da sala de aula, expansão da expressão da pintura, do suporte conhecido...desafio.Arte conceitual.Como representaríamos esta possibilidade, considerando a proposta da disciplina em estudo em Processos e Linguagens Tridimensionais.A idéia tornou-se sedutora desde o princípio e julguei este contexto com estas duas turmas de EJA neste momento os agentes para esta atividade.Sinais, marcas,vestígios,percursos na cidade feitos por calçados...como...não queremos uma representação somente.Ousamos uma ação compartilhada pelos olhares ,por experiências pessoais,com relações de outros,ultrapassando limites.O movimento, o trajeto, o espaço percorrido será nosso objeto de observação com os calçados.A relação que poderá ser estabelecida com os alunos, o trabalho,o espectador, o ambiente, o público e a arte.Vamos nos construindo como agentes. É a arte sendo revista através das pessoas, de seus modos,como elas vivenciam o cotidiano, de suas ruas,praça,calçadas,prédios,locais com muitas pessoas...O que seriam referências para estas pessoas? O que seriam símbolos?O que traduz os cotidianos diversos? Com nossa intervenção queremos buscar estas passagens, estas travessias, estes “calçados” ou “descalços”. Os passantes, (as pessoas) imprimem marcas na cidade, no espaço que pisam com seus calçados,estas marcas são provocações...Os atores desta intervenção seriam os calçados colocados em locais diversos, com diferentes formações,colados,fixos....para provocarem...Quem anda por aqui? Quem anda com seu calçado? Há deslcalços também nesta cidade, por onde andam?Poderíamos agregar palavras à estes calçados. E o que queremos? Provocar êxtase, ou espanto, curiosidade,reflexão ou simplesmente desinteresse.Para as pessoas possibilidades de indagações, para nós alunos,reflexões,objetos de leitura.Como seria “olhada” esta intervenção? Que julgamentos seriam possíveis?
Como Realizar...Faremos uma coleta de calçados,sapatos ou outros que possam ser manipulados ou aplicados alguma técnica, e portanto que não sejam “usáveis”.Num processo coletivo devemos decidir quais os calçados usaremos e onde colocaremos.Pensar no fluxo ou não de pessoas, quais os calçados ideais e que formação daremos.Aos pares? Diferentes? Iguais e quais as formações serão feitas?Qual a provocação evidenciada?Faremos um projeto com desenhos ,localização de endereços nas ruas ou praças.Após estas “decisões” vamos preparar os calçados e durante à noite vamos colar nos locais decididos.Usaremos cola, gesso ou cimento branco que ficarão com possibilidades de após algum tempo podermos “limpar” o local. Como preparar os calçados...Poderemos usar parafina para mergulhar o calçado,fica com uma aparência bem interessante.Ou somente pintar, ou escrever algum fragmento de texto, ou usar palavras...pintar somente de vermelho...preto...branco...um pé de cada côr? Colar jornais ou revistas? Panos?Usar gesso, fazer com argila mesmo que se decompanha logo...Mas novamente qual a intenção no uso destes materiais,deverão ser registradas pelos alunos, no portfólio criado no início do projeto.
Pensando outras escritas... O nosso mundo 'civilizado' começa a descobrir a interdependência de tudo o que existe. O despertar é silencioso, mas abrangente. Essa retomada das origens é necessária para o nosso próprio equilíbrio interior. A volta à natureza é também uma arte, a participação na grande arte de viver".(ANDRÉS, Maria Helena. Os caminhos da arte. 2a. ed. Belo Horizonte: C/Arte, 2000. p.170-5.)
Caminha-se por vários dias entre árvores e pedras. Raramente o olhar se fixa numa coisa e, quando isso acontece, ela é reconhecida pelo símbolo de alguma outra coisa: a pegada na areia indica a passagem de um tigre; o pântano anuncia uma veia de água; a flor de hibisco, o fim do inverno. O resto é mudo e intercambiável - árvores e pedras são apenas aquilo que são. (...)Penetra-se por ruas cheias de placas que pendem das paredes. Os olhos não vêem coisas mas figuras de coisas que significam outras coisas: o torquês indica a casa do tira-dentes; o jarro, a taberna; as alabardas, o corpo de guarda; a balança, a quitanda. Estátuas e escudos reproduzem imagens de leões delfins torres estrelas: símbolo de alguma coisa - sabe-se lá o quê - tem como símbolo um leão ou delfim ou torre ou estrela. Outros símbolos advertem aquilo que é proibido em algum lugar (...) e aquilo que é permitido(...)O olhar percorre as ruas como se fossem páginas escritas: a cidade diz tudo o que você deve pensar, faz você repetir o discurso, e, enquanto você acredita estar visitando (...) não faz nada além de registrar os nomes com os quais ela define a si própria e todas as suas partes." (CALVINO, Ítalo, As Cidades Invisíveis, SP: 1990, p 17)
(...)
Enquanto o museu, a galeria, a tela, forem um espaço sagrado da representação, tornam-se um triângulo das Bermudas: qualquer coisa, qualquer idéia que você colo­car lá vai ser automaticamente neutralizado. Acho que a gente tentou prioritariamente o compromisso com o público. Não com o comprador (mercado) de arte. Mas com a platéia mesmo. Esse rosto indeterminado, o elemento mais importante dessa estrutura. De trabalhar com essa maravilhosa possibilidade que as artes plásticas oferecem, de criar para cada nova idéia uma nova linguagem para expressá-la. Trabalhar sempre com essa possibilidade de transgressão ao nível do real. Quer dizer, fazer trabalhos que não existam simplesmente no espaço consentido, consagrado, sagrado. Que não aconteçam simplesmente ao nível de uma tela, de uma superfície, de uma representação. Não mais trabalhar com a metáfora da pólvora - trabalhar com a pólvora mesmo. *Extraído do depoimento de CM registrado na pesquisa Ondas do corpo, de Antônio Manuel Copy-desk e montagem do texto: Eudoro Augusto Macieira. Publicado no Livro "Cildo Meireles" da FUNARTE. Rio de Janeiro, 1981.
Avaliação em Trânsito...O nosso objeto de Leitura, Calçado, protagonista da intervenção urbana deverá nos próximos dias fazer parte do cenário urabano de Candelária.Pequena cidade no vale do Rio Pardo,região central do Rio Grande.Estamos com uma fase de muitas chuvas, impossível nas duas útlimas semanas e também estamos elaborando nossos objetos.A idéia proposta de deslocamento de suporte, do espaço institucionalizado, da obra em si como concepção de autoria, embora seja apenas um calçado é fascinante.Nossos alunos muitas vezes atônitos e descrentes, vão se a aproriando lentamente de todo o processo e a cada dia convivemos com novas imagens, com olhares para calçados diversos, envolvendo “sapatos” de colegas de outras turmas e professores.A platéia indeterminada para esta “exposição” também é digna de grandes discussões em aula.Já passamos até pela possibilidade de estarmos produzindo esculturas...se não temos um suporte plano, isto quer dizer que os calçados seriam esculturas?Questões empre importantes .Quem sabe? Estes elementos do cotidiano,resignificados, colocados num contexto inesperado, provocará pelo menos estranhamento e portanto cumprirá com uma dos objetivos de nossa intervenção e da arte contemporânea...ser “sentida”.A intervenção propõe a cada etapa uma conscietização e sensibilização social por intermédio da arte.Vamos continuar registrando nossas ações no portfólio que iniciamos e com fotografias de nossos calçados a cada dia de aula,serão elementos de estudos e olhares .Vamos experimentar as formas e as técnicas para preparar nossos calçados e seu mapeamento urbano.Faremos parte da urbanidade , da identidade desta cidade com a Re- invenção Caminhos Na Arte,e com a re- invenção dos olhares dos alunos da Eja.Estamos em trânsito literalmente...na rua.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ANDANTES....

RESULTADOS PARA REINVENTAR...

PROCESSO DE ANDANTES

CONSTRUÇÕES... REINVENÇÕES... TENTATIVAS,EXPERIÊNCIAS E IM...PRESSÕES
OS ANDANTES PERMITIRAM PENSAR NO PRÓPRIO CAMINHAR..
NO CAMINHAR DE UMA URBANIDADE DESPIDA ,DESTITUÍDA
DE SUA POÉTICA...

ANDANTES....COMIGO....

CONTRUÇÕES...
Uma atividade muito interessante, que nos faz rever constantemente nosso percurso.Particularidade desta "disciplina" desde o início, nos desenvolver um olhar mais demorado no próprio caminhar.Estas marcas, ou impressões que vamos reconstruindo estão impregnadas de conceitos, de escolhas e pretensões.O processo todo nos permitiu desconstruções, desde a maleabilidade do material, às possibilidades de trocas, as substituições, que muitas vezes, com os alunos, nos afastam de um trabalho tridimensional pela "falta" de um material que julgamos ideal.O "produto final" não sei se resolveu minha proposta inicial.Penso que escolheria uma argila mais mole e as "escavações", no EVA seriam mais largas, acho que as marcas ficariam mais definidas.Acabei carimbando o número da UFRGS porque o número que tentei fazer na sola não ficou visível o suficiente...A espessura da argila também é um outro fator que experimentaria mais fina...marcas mais profundas em um suporte mais fino...vou ainda tentar...Penso ser uma atividade com possibilidades para os alunos também ,desde que possamos contextualizar para que se encantem também por todo o processo, pois achei fundamental este "pensar" anterior e nosso percurso desde o caderno de registros ,nicho poiético... então o andante está completamente "incluso" na proposta.

AINDA OLHARES NAS DIGITAIS...

ALGUNS PERCURSOS DA AÇÃO...
LOCAIS QUE CONVERSAM COMIGO...
MARCAS QUE DIALOGAM...
IM..PRESSÕES MESMO...

IMAGENS DAS DIGITAIS URBANAS AINDA...

DE ONDE SURGIRAM...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Imagens...

Matisse...
A obra POLINÉSIA-O CÉU,1946,Recorte de papel pintado com guache, 200 x 314 cm sempre me fascinou.... Matisse
Inspira...ações.... Nossos fascínios,nossas preferências e referências.. Pensei em Miró...rápido...quis Matisse.... De novo escolhas... Novamente seleção... Oh.... Quantos artistas se materializam a cada pensamento... 'MEU SONHO É UMA ARTE DE EQUILÍBRIO,PUREZA E SINCERIDADE,(...)ALGO COMO UMA BOA POLTRONA NA QUAL SE POSSA DESCANSAR DO ESFORÇO FÍSICO." HENRI MATISSE.
TranformAÇÕES...

ANDANTES..ANDANDO...

Fiquei com Matisse para pensar minhas impressões. Fiz outras com geometria e muita ânsia de impressões com marcas fundas...
Experimentei cola de EVA,acho que funcionou...
Meu número ficou sem visibilidade de novo,precisei usar meu carimbo...
Para vazar com o prego tambérm não ficou muito firme meu pincel, então usei uma chave.
Trocas de manuseio...
Andantes...experiência muito prazerosa...
Muitos andantes para pensar com alunos...desenvolver possibilidades de contexto...

domingo, 11 de abril de 2010

Digitais Urbanas

Conclui meu trabalho hoje.Uma atividade muito interessante.Como nossas escritas no caderno de registro,este exercício nos estimula a percepção no sentido de observar mais vagarosamente nosso cotidiano.O percurso de minhas escolhas foi lento.Muitas vezes olhei e experimentei mentalmente, as texturas, as marcas e as impressões deste lugares ou objetos.Refiz os significados destas marcas para minha identidade e da cidade.Sempre quis participar desta urbanidade.Em alguns momentos fui interpelada por pessoas que observavam as "paradas" na cidade para pensar os escolher ou ver.Fui auxiliada para fotografias, mas antes andei olhando para lugares inusitados... Um exercício muito intenso.Já estou pensando em meus alunos de ensino médio.Suas escolhas e suas significações,e todos nós na tela interativa na escola,vendo no mapa as escolhas de percurso, as impressões...e formando uma grande rede urbana, ou de lugares mais distantes...de que somos formados? Desafio com compensações.Particularidades da disciplina.

domingo, 4 de abril de 2010

Tarefas...Postagens....Relatos..

IMAGENS...
CONSTRUÇÕES...
PRENSAUTO.... Divagações sobre quem sou... Saber de mim e pensar o outro... retratar-me com “coisas”. Marcas, vestígios, composição... Seleção de objetos que sou eu. Minhas filhas e suas pulseiras de bebê, um broche antigo de pessoas muito queridas da família, minha lembrança de primeira comunhão como testemunho da infância, um lobo, minha história no escotismo de longa data... não caberiam aqui outros objetos, mas foi dolorosa a escolha Sinto-me feita de muito mais representações. As escolhas me parecem muitas vezes injustas. Mas, gostei do processo curador. Objetos para o prensauto- Um broche de cacho de uvas, lembrança de minhas tias, as pulseirinhas de minhas filhas quando eram bebê, Ana, Luiza, Izabel e Laura. Ainda um pedaço do meu terço,lembrança da primeira comunhão e um pin cara de lobo, represente do escotismo e minha vida com as crianças. Significados destes objetos... .Minhas filhas, minha vida construída em quatro fases que ainda vivo intensamente. Minha família delinearam meu percurso desde a infância com a magia das histórias, da casa sem luz elétrica, da imaginação sendo centro de sonhos e projetos e muito afeto. Minhas tias e minhas avós são minha forma, ou me formam pessoa com meus pais. A menina da primeira comunhão ainda vive, mas a fé não. Partes do terço católico faz parte dos guardados. A cabeça de lobo e sua mística permearam minha vida por muito tempo. A alcatéia e a sabedoria da floresta ainda fazem parte de minha composição. Objetos são percebidos pelo outro quando estão “entranhados” em nossa pele, no corpo e na alma, mesmo velados como aparecem no prensauto. A produção do prensauto desencadeou cenas que desfilaram a cada pensar. E, se fizermos referência a Gabriel Garcia Marques, em seu livro, Viver para Contar, ”A vida não é o que a gente viveu, e sim o que a gente recorda e como recorda para contá-la.” Por isso não sinto que estou traindo, embora sinta que posso ter sido injusta nas escolhas.. Aproveitei as lembranças,vestígios presentes para compor minha autobiografia. Somos feitos de coisas. Seres com memórias, um repertório individual, mas feito a muitas mãos. Temos relações,referências pessoais e sociais.Para compor nossos olhares buscamos critérios,barreiras,possibilidades e princípios.Representações não visíveis também nos integram.Esta experiência com o prensauto desencadeou, um incômodo bom.Um balanço crítico.Uma busca de construção de sentido.Este processo de fazer escolhas,colocar-se diante de um retrato,não ser desenhado, mas desenhar-se.Levar em conta o mundo, o que somos e o que buscamos. Para expor os prensautos,pensaria num caminhar em diferentes lugares.Na areia,na terra,no asfalto,enfim,que pudesse caracterizar nossas diversas jornadas.De novo as escolhas, as diversas texturas,cores,linhas,pontos únicos.Pensei , antes de ser visto como tarefa, que poderíamos caracterizar nosso prensauto com uma marca da nossa cidade, pois somos um grande mosaico geográfico,talvez uma fotografia sobre um marco característico do lugar.A idéia da almofada é interessante e num primeiro momento,me fez pensar num caminhar com cuidado...devagar,manso. Na escola já estamos “amadurecendo” este retrato. Nossa escola faz 60 anos. Quem sabe marcas de pés, em diferentes superfícies da escola, como piso, paredes e pátio. Eternizar a materialidade e o imaterial das diversas biografias. Pensar uma biografia, única e parte da história .Poderíamos propor a atividade para professores,e outros segmentos da escola.e, mais ainda, se pais pudessem fazer sua marca.Num momento, em espaço público poderíamos fazer uma super exposição destes retratos,fazendo parte da história agora.Projeto em andamento,pensante . Sobre meus objetivos iniciais, penso que foram atingidos. Durante o processo, a experiência foi tornando-se diferente. Diminui a quantidade de objetos e fiz dois prensautos. Raspei o número que faz parte também da biografia e os tornei reais com uma agulha grossa. Além da ação prática, do manuseio com a argila e com o gesso, a “instabilidade” que gerou esta proposta foi muito importante. A atividade foi socializada, foi instigante, um desafio, o nicho político, o registro, o retrato... enfim a biografia. Sensação, momento de fruição do outro, difícil perspectiva. Mostrar ao outro de que somos feitos, não penso que seja tarefa fácil. Deixei os objetos incrustados, mas velados, suspeitos. Fico melhor assim, a descobrir. Com uma solução de gesso líquido recobri meus objetos. Senti necessidade, não estética, mas de introspecção mesmo. Os objetos autobiográficos velados, a desnudar.Conexões com o olhar e o sentir,ou vice versa.Reflexos. O prensauto poderá ser um mapa para o outro. Um conceito sobre mim. E lembrando Ebert Camargo... ”Minhas bagagens são meus sonhos.” Não penso que outro nos perceba como aspiramos. Somos complexos, ou somos simples demais. O olhar de quem olha será protagonista da leitura.Um olhar é adulterado e adultera o que vê. E, finalmente.... Escolha Final.. Outra... Experimento- EU-SOMBRA- PRENSAUTO- BIOGRAFIA

Caderno de Registros....

Li,copiei e registrei em meu caderno...Munch disse: Eu caminhava por uma via, a cidade de um lado e o fiorde abaixo.Serntia-mse cansado,doente... O sol se punha e as nuvens tornaram-se vermelho sangue,Senti um grito passar pela natureza,parecendo-me ter ouvido o grito. Pensei este quadro.Pintei as nuvens como sangue real. A cor uivava... Queria esta intensidade para mim...a cada dia. Como eu gostaria de ver com o corpo inteiro.

Carimbo=Identidade...

Com este carimbo tudo ficará mais fácil... Quase tudo.... Mas os prensautos estão prontos com escavações....