terça-feira, 15 de novembro de 2011

Escola Mundo de Alice

http://escolamundodealice.blogspot.com/

Mundo de Alice...Mundo da Escola...

Pensando a metáfora da Alice...

Esta escola, nossa escola é uma viagem...

Prepare-se: ponha asas na cabeça e penetre no País das Maravilhas.

Maravilhas mesmo destas que sonhamos todos os dias, de arrepiar, de encantar de se divertir, de fantasiar, aprender e ser feliz..
.
Alice como personagem para nos permitir uma escola de sonho, de faz –de – conta, maravilhosa... mágica...

Não informa nada, conta uma história,conduz aprendentes, media processos, caminha junto, vibra...é viva.Vale o imaginário, vale o inventado, mas é permitido também o mundo real, as inquietações, as angústias , os dilemas e problemas..

.As diferentes projeções do fundo do poço e do alto do poço, como Alice.Animais podem ganhar vida, objetos também.Todos podem rir, pensar,falar,criar e participar...
“Alice estava começando a se cansar de ficar ali sentada no barranco ao lado da irmã. Sem nada para fazer”” (...) –Quando éramos pequenas – prosseguiu a Tartaruga de Imitação – fomos à escola no fundo do mar. A professora era uma velha Tartaruga. A gente a chamava de Tatu...
-Por quê? – perguntou Alice.
-Para ouvi-la dizer “Não sou Tatu” – disse a Tartaruga de Imitação. –Vamos à escola todos os dias
-Eu também – disse Alice. – Aprendemos francês e música.
-E lavagem de roupa? – perguntou a Tartaruga de Imitação.
-É claro que não! – disse Alice.
-Ah! Então sua escola, na verdade não é tão boa assim – disse a Tartaruga. – Na nossa
tínhamos francês, música e lavagem e roupa extra. Contudo eu não precisava disso,
vivendo no fundo do mar. Só freqüentei as aulas normais: Lei Dura e Reinação Livre, e
depois tínhamos vários ramos da aritmética: Ambição, Distração, Mulificação e Derrisão.”

E nossa escola?

E o currículo?

E a realidade?

E os anseios?

E os desejos?
.
Acho que podemos construir grandes possibilidadesd.Cada um de nós imerso num olhar e este olhar imerso em realidades.Nem todas dolorosas.Algumas recentes outras mais antigas como a minha.Aprendente sempre...

Esta foi a primeira posstagem em nosso blog.Continuo pensado e ouvindo.



































































Escola Mundo de Alice...

Início do Projeto de uma escola ideal-Texto construído pela colega SoniaMaris...
Estamos numa grande rede construindo estas possibilidades...

PROFESSORES
Escola Mundo de Alice, ainda em fase de criação, necessita, com urgência, de professores de todas as áreas de conhecimento, para implantação de um Núcleo de Estudos e Projetos Interdisciplinares, e trabalhar muitas horas semanais, em vaga temporária, como voluntário (sem nenhum tipo de benefício, a não ser o prazer de aprender e ensinar).
O candidato deve ter formação na área desejada (ou estar cursando), conhecimentos de web (desejável familiaridade com blogger) e redes sociais, redação própria , facilidade de comunicação e para trabalhar em grupo, além de familiaridade com a organização das escolas estaduais (pode ser também muncipais ou particulares).
Exige-se experiência em sala de aula, domínio das TICs, capacidade de inovação e muita criatividade, além, é claro,de disponibilidade de fazer horas extras na madrugada para reuniões pedagógicas-administrativas (pela Internet).
Os interessados devem entrar em contato com nosso Departamento de Recursos Humanos, ou enviar um texto de até uma lauda em que explicitem suas ideias sobre a educação no terceiro milênio, juntamente com currículo e um foto atualizada para o setor de recrutamento e seleção aos cuidados da professora Neusa Vinhas.

Aguardamos os interessados,

Profª Sônia Maris


            
                                            

Estágio 5ª Série-Guia Lopes

E....resultado da pesquisa...um caleidoscópio....

Kalos = belo

eidos = imagem

scopéo = vejo

CALEIDOSCÓPIO - 'VEJO BELAS IMAGENS"

Os primeiros olhares pelos espelhos foi emocionante...depois colamos pedaços de revistas e está "secando" a cola...Faremos um breve encontro ainda para entrega dos portfólios e dos caldeidoscópios...

Uma experiência como há tempo não vivia...completo êxtase das crianças,procurando olhares e coisas...não venciam....um deles me disse:

"Profe meu coração está batendo muito forte, não consigo nem olhar direito de tão lindo, tenho que respirar..."

 
Situações onde podemos fazer a diferença...descobrindo olhares...o poder da arte...do olhar.





Estágio 5ª Série-Guia Lopes

Hoje meu último encontro com a turma de estágio.


Realizamos a mágica do Scraper board como Di Cavalcanti numa das aulas mais prazerosas... Rasparam o nankim dos desenhos e ficaram maravilhados...



OFICINA DE MATERIAIS EXPRESSIVOS

Objeto de Afeto...

Sons que vemos e ouvimos ...SINFONIA

Sinfonia?



Corpos Sonoros


Des ritmos...

Esta proposta de partitura visual, mais uma vez no coloca re construindo nossa idéia da música e do desenvolvimento da percepção como entorno possível de musicalidade. No projeto inicial para esta atividade planejei usar as mesmas imagens com interferência de outra pessoa.O resultado não ficou como eu esperava.Construí outra possibilidade, ainda utilizando fotografias e imagens da mídia e de alguns movimentos da arte.Criei um ritmo sonoro...Sinfonia? Talvez.

Minha proposta envolveu as fotografias de outra artista que faz parte da minha admiração....

Rineke Dijkstra,

Fotógrafa holandesa, que desenvolveu um estilo pessoal, uma diferente percepção do ser humano. Corpos que demonstram a intensidade da arte de Rineke.Segundo a própria artista, ela diz que consegue perceber a realidade tanto física como mental de seus modelos.Não há poses, há significados.

Outras imagens de “corpos” como Goya, Amedeo Modigliani, arte grega, Henry Rousseau, fizeram parte de minha coleta para esta ação. Pensei em corpos que se modificam e são modificados culturalmente e a cada dia de forma mais dinâmica.Uma estética única, afastada dos estereótipos atuais.Fiz a inserção de algumas imagens da mídia com o propósito de comparar , olhar e reparar...

Construí um "visual" sonoro...poderá ser deslocado...

Silencioso?

A sonoridade como possibilidade de escuta próxima de nosso cotidiano... exagerado, pervertido, mutilado...

Nosso entorno imperceptível,invadido por sonoridades , por impessoalidades...barulhos.

Um sinfonia composta de ruídos.O ritmo se dá pela repetição das figuras que “assumem” o som a cada vez que é olhado...

Interativo... se possuir outro olhar carrego a sonoridade...

Ou contemplativo... se puder somente ouvir...se puder somente olhar...

Experiências para um leitor, observador, ouvinte..
.
Fruidor











Sons que vemos e ouvimos ...

Relíquias- escrita sonora – exercício de ouvir imagens...

Complexa experiência... desafio de parar e deslocar-se.Pensar o entorno não pensado...estranhar.

Relíquias, porque vejo raridades, guardados inéditos na minha coleção particular... de gostos e afetos.

A idéia era que eu pudesse separar, ou agrupar estas fotografias por um viés particular. Uma “curadoria” pessoal.Desisti.Não havia como fugir da seleção do artista.As imagens “conversavam” com as imagens dos artistas, não pude “traí-los”.Não quis desconectar uma essência sutil mas evidenciada em cada olhar , em cada enquadramento.Minha intenção não fazia sentido o diálogo instalado com as fotografias e o artista era maior.Fragmentos que desloquei.
Coloquei sons. Procurei não fazer uma “novela” de rádio onde as imagens fossem adereços. Procurei sentir um espaço, um ambiente.Fui óbvia em algumas situações que aos pouco reconhecia, mas esta liberdade de “desconstruir” também torna-se uma competência lenta e difícil para nós aprendentes .

Usei as imagens principalmente de Nan Goldin, uma das fotógrafas contemporâneas mais conhecidas no mundo todo. ”O diário fotográfico como proposta plástica”.Procurei construir um cenário sonoro que revelasse a fragilidade da artista, a força emocional de seu trabalho que aproxima-se de sua vida pessoal.São retratos de sua própria vida.Um suicídio de sua irmã mais velha,os amores,amantes e experiências. “Não escolho as pessoas propositadamente para as fotografar; tiro fotos diretamente da minha própria vida. Estas fotografias aparecem como relações pessoais, não como uma observação”.
"Esses são meus amigos, esta é minha família, aqui sou eu. Não há separação entre mim e aquilo que fotografo”.

August Sander,e “Todos os homens do século XX”...

Fotógrafo alemão,que desde muito cedo estabelece uma “consciência” com a fotografia.Experimentos com a cor.Todos os homens do século XX, reúnem 100 fotografias, um documento do povo alemão.Teve sua obra censurada pelas autoridades junto com prisão de seu filho antinazista. Sobrevive à destruição do seu estúdio e consegue salvar muitos dos seus negativos. Ainda assim, em 1946, estes negativos seriam destruídos por assaltantes. Apesar de todos estes contratempos, Sander continuou a trabalhar nos seus diversos projetos.Um projeto de registro poético, uma identidade ...um olhar ou uma escuta de seu povo.
Esta seleção determina a particularidade do artista e talvez a “fidelidade” destas imagens é que nos transtornam e deixa nosso texto sonoro um pouco explícito....

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Convidando Francis Alys para nossa deriva...


O que é ter um olhar estrangeiro?Relatando...

A proposta para a ação artística “pensando” Francis Alys foi realizada:

Imprevistos: Chuva durante três dias, turma envolvida com participação em olimpíada municipal.

Alternativas: Nova turma, 5ª série, turno da tarde, tempo cedido por outros professores, novos estudos e olhares infantis... outras idéias.Estudamos, apreciamos vídeos,pesquisamos e fomos para “rua”.

Ação: Uma bela tarde de sol, um passeio com a proposta de deixar rastros, de promover “um museu” fora da sala... envolvimento total das crianças..euforia.Entre muitas observações escutamos: “O cara é louco, mas é legal”, “Todo mundo pode ficar sabendo que a arte pode ter em qualquer lugar”, Gostei de poder ser um museu sem paredes e todo mundo ver”,”Temos que escrever coisas para as pessoas entender arte ou podemos desenhar o que queremos? Foram muitas falas e escutas e novas associações que ainda não tinham sido feitas pela turma anterior. Um olhar com mais liberdade,exagerado,permitido... Uma atividade sem nenhuma resistência, talvez atribuída pela “farra” da rua e porque estas crianças já possuem certo vocabulário estético desde a educação infantil. Alguns já visitaram bienais e exposições.Foi uma caminhada diferente ,havia pensando em um caminho mas “reflexivo”,mas pensado. Mas a ação foi incrível, as pessoas interagiam, as crianças estiveram felizes e na avaliação após relataram imensa satisfação. Foi lembrado um caminho de marcas da história de João e Maria, pois se os personagens deixaram marcas é porque gostariam de voltar. Então o ir e vir para escola, para a professora e para os alunos era feito de “vontades”.As marcas de giz foram feitas por todos, embora a proposta seria de alternar.A rua ficou linda.As pessoas procuravam ler, saber do acontecimento.Nos próximos dias as crianças levavam os pais na saída e vinda da escola para olhar...olhar a arte, fora das paredes...olhar uma cidade, um espaço, campo de sensações.Sensações de nossas crianças, das pessoas , do entorno,da poética, do prazer.Um percurso mais curto, mas significativo...diferente,poético,novo...ainda está lá, até chover...mas o rastro vai ficar em nós, na experiência e na fruição...

“Às vezes fazer algo não leva a lugar nenhum” – Francis Alys...

O que é ter um olhar estrangeiro?



Francys Alys...

"As vezes fazer algo não leva a lugar nenhum"

 
A Story of Deception


Francis Alÿs faz pequenas intervenções ou interrupções em situações cotidianas. Enquanto ele trabalha em uma série de meios , o seu trabalho em geral é em grande parte conceptual e performatico . Mesmo sua pintura é um pouco subversiva. Alÿs regularmente emprega mexicanos-pintores (rotulistas) para pintar e elaborou versões ampliadas de pinturas de pequeno porte, que são livres para produzir cópias ilimitadas. Sua intenção é desafiar a idéia da obra original, tornando o processo de tomada de mais anônimos e deflacionando o valor percebido comercial da arte. Ao interromper esses tipos de padrões, Alÿs joga com as tensões sociais e culturais. Na verdade, ele afirma que sua pintura e as imagens são apenas a tentativa de ilustrar as situações que enfrentam, provocam, ou executam num público mais, geralmente urbanas, e ao nível efêmero. (Alÿs citado em Douglas Fogle, ed., Pintura em Edge of the World, catálogo da exposição, Walker Art Center, Minneapolis 2001, p.238). Caminhar ou passear é um tema recorrente na obra de Alÿs, que muitas vezes resulta de notas e observações feitas enquanto vai vagando por qualquer cidade que ele está. O resultado desses deslocamentos se pode conferir na sua última mostra THE CLOWN, e tb em DEJA_VÚ. Ele empurra um grande bloco de gelo pelas ruas da Cidade do México até que derreta e suma. Quinhentos voluntários andam sobre uma duna de areia enorme em Lima, Peru, cavando com pás e fazendo o deslocamento de uma duna mesmo que poucos centímetros. Estas são as obras do célebre artista Francis Alys (nascido na Bélgica, 1959), e objecto de uma grande exposição na Tate Modern. O trabalho de Alÿs começa com uma simples ação, seja por ele ou por outros, que é documentado em uma série de meios de comunicação. Alÿs explora temas como a modernização de programas na América Latina e zonas de fronteira em áreas de conflito, muitas vezes, vem perguntando sobre a relevância dos atos poéticos em situações politizadas. Ele usou projeções de vídeo e cinema, mas também espalha suas idéias através de cartões postais. Pintura e desenho permanecem parte central de seu trabalho também. Alÿs se mudou para a Cidade do México em meados de 1980 em um momento de agitação política, e vive lá agora. Ele começou a fazer o trabalho e registrou a vida cotidiana, por exemplo, fez slides mostrando às pessoas dormindo nas ruas ou empurrar "camelôs" (barracas comerciais móveis). Alÿs também faz obras em todo o mundo. Na Linha Verde, 2004, Alÿs caminhou ao longo da linha de armistício de 1948 entre Israel e a Jordânia, arrastando uma linha de tinta verde atrás dele, e provocando comentários sobre o conflito israelo-palestiniano. Esta exposição é a mais detalhada até agora. Possui várias obras invisíveis na Grã-Bretanha, tais como os movimentos Fé Montanhas 2002, bem como a maior parte da sua obra.Tate Modern


Artte - Ciência

Relação arte  - ciência

Sem nos debruçarmos no material ou suporte usado nas diferentes linguagens da arte, já podemos afirmas que arte e ciência dialogam. Conhecimentos íntimos na pesquisa e na produção.Mesmo nas mais remotas ações artísticas no entendimento do que é a produção nas artes , já podemos identificar a ciência como agente nas artes.E, na contemporaneidade , esta relação se torna explícita e incessante. No teatro, na dança, na música e nas artes visuais temos a presença tecnológica dinamizando fazeres e tornando este movimento intenso e diferente. Como espectadores moradores de cidades do interior, por exemplo, nosso acesso às imagens, locais diversos e eventos se fazem especialmente pela tecnologia, ou pela ciência.Uma aproximação além da geográfica...Os suportes inusitados, os sons, os experimentos com cores, luz e sombra,linhas, pontos, formas, as tintas, os grafites, os papéis...Os fazeres nas instalações, intervenções, land arts, as performances, os vídeo arte, as filmagens, as fotografias...

Os deslocamentos da pesquisa e produção na ciência e na arte nos fazem admiradores das duas áreas de estudo...












Como você percebe a relação entre arte e ciência?

Fragmentos de texto com grifos meus, disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAAehj4AA/a-interseccao-entre-arte-ciencia-tecnologia, acesso em 17 de outubro de 2011.

A sociedade está num estado de enorme transição. As maiores mudanças em nosso ambiente podem ser atribuídas à ciência e à tecnologia. A responsabilidade moral do artista está na tentativa de compreender essas mudanças.

(...) Afinal, a ciência e a tecnologia vêm influenciando fortemente o pensamento de nossa época por estar mudando noções básicas sobre a natureza do universo e da humanidade. As novas tecnologias de comunicação desafiaram antigas idéias sobre tempo, distância e espaço. Além disso, a ciência e a tecnologia têm influenciado todas as áreas da vida, como a medicina, a comunicação, a vida doméstica, a educação e o entretenimento.

(...) O que é ciência? Podemos definir a ciência como um acúmulo de visões de mundo, questões, metáforas, representações e processos que tentaram compreender o mundo. São tentativas de compreender como e por que um fenômeno ocorre; um foco no mundo “natural”; uma crença na informação empírica; uma avaliação localizada na objetividade, a qual é vista por meio de especificações detalhadas de operações guiadas pela observação; uma codificação através de leis ou princípios e um contínuo teste e refinamento de hipóteses. O que é tecnologia? No seu mais amplo significado, ela é o processo de inventar e fazer coisas. A tecnologia é vista como o “saber como”, enquanto a ciência é vista como o “saber o porquê”. Engenheiros e tecnólogos são pessoas empenhadas primeiramente em fazer coisas ou refinar processos. Os desenvolvedores de tecnologias geralmente estão focados em objetivos utilitários específicos, enquanto cientistas buscam por algo mais abstrato: o conhecimento. Altas tecnologias freqüentemente se constroem pelo conhecimento gerado pela ciência, mas muitas vezes a tecnologia corre à frente da ciência em campos inexplorados.

E o que é arte? No último século, as fronteiras da arte têm sido expandidas para além das mídias, contextos e propostas convencionais. Tipicamente, a arte é comprometida com propostas não utilitárias. Ela usualmente intenciona mover ou provocar o público para propostas estéticas, intelectuais ou espirituais. Os artistas fazem diferentes tipos de descobertas sobre a natureza, de forma diferente da dos físicos ou biólogos, não atuando exatamente como esses pesquisadores. A arte contemporânea inclui freqüentemente elementos de comentário, ironia e crítica, desviando-se do modelo de pesquisa utilizado pela ciência. Isso porque os cientistas e tecnólogos esforçam-se em torno da objetividade. Já os artistas cultivam suas subjetividades como o que eles têm de maior. A pesquisa feita pelos artistas deve trabalhar como a arte sempre fez: movendo o público com o seu poder comunicativo.

Este texto de pesquisa nos auxilia ao pensar sobre a conexão de artes – ciência, de uma interação onde público e artista constroem a interpretação da obra. Nos conduz a uma compreensão estética dinâmica, com obra,autor e espectador dialogando.Maneiras de “ ler,escrever e reler o mundo” como Luisa Gabriella Santos, nossa tutora escreve em um contribuição neste fórum.

“(...) educação imersa e tramada no cenário desta atualidade,” no texto de Carla Gançalves Rodrigues...

Portanto arte como atos estreitamente ligados a nossa concepção de mundo. O fazer artístico como um transitar no contexto histórico e cultural, experiências de investigação.Múltiplas dimensões,vastos olhares, compreensão de saber científico e estético.

COELHA ALBA: ARTE TRANSGÊNICA

É possível produzir arte através da ciência e da tecnologia? O artista plástico brasileiro, Eduardo Kac, prova que sim. Formado em artes plásticas pela PUC / RJ, Kac é chefe do departamento de Arte e Tecnologia da The School of the Art Institute of Chicago e pioneiro na interseção de arte, ciência e tecnologia. Seu trabalho com holografia é considerado um dos mais avançados do mundo e lhe rendeu o Prêmio Anual da Shearwater Foundation Holography, o mais prestigioso dentro da área.

A biotecnologia também é usada por Kac para a produção de suas obras. Uma das experiências de arte transgênica do artista plástico foi a Coelha Alba. A idéia foi aplicar no pelo do animal uma proteína verde fluorescente, retirada de uma medusa (Aequorea victoria) da região noroeste do Pacífico, que permite ao animal emitir uma luz verde brilhante quando exposto à radiação ultravioleta
Referência:

Educação na Contemporaneidade

Educação Hoje...

“(...) No filme A Sociedade dos Poetas Mortos, o professor diz aos alunos: Medicina, Engenharia, Física, Química são coisas excelentes. Não podemos viver sem elas. Elas nos dão os meios para viver, mas não são capazes de nos dar razões para viver.”

“(...) Esta é uma das missões do professor. De um lado, ele ensina um saber sobre o mundo, (...) do outro, ele ensina o sabor deste mundo, sabor que jaz oculto aos sentidos que não foram para isso treinados (...) O professor artista é o parteiro da alegria.Pois é para isto que vivemos.
Parceria. Idéias .Agosto de 1995,p.05

A educação hoje estaria centralizada nas ciências, e nós sujeitos, estaríamos com dificuldades de sentir, perceber, refletir e expor expressivamente nossas idéias e nossos sentimentos?
Para o homem vir a ser sujeito da história, protagonista de sua aprendizagem, construtor de seu conhecimento a presença da arte educação desde a mais tenra idade seria imprescindível?

A sociedade contemporânea caracterizada por novas tecnologias, por diferentes linguagens: visual, cênica, cibernética, som, movimento, vocabulários intensos, símbolos próprios, intenção e representação de um mundo em “ebulição” necessitaria da arte para dialogar com este cenário?
A arte é conhecimento. a sua função de alfabetização estética e de ampliação do repertório imagético , possibilitaria um leitor de mundo mais crítico e talvez um produtor cultural?

A arte com sua proposta que permite a expressividade de sentimentos e idéias poderia interferir no processo de aprendizagem de todas as áreas de conhecimento?

A arte poderia ajudar o ser humano entender, compreender a realidade e transformá-la com criatividade, buscando uma humanidade mais sensível com experimentações,reflexões e respeito às diversas produções culturais?

Muitas questões nos amparam nas reflexões sobre nossa prática. Busca-se um identidade no processo educativo como um todo, mas nas artes reconhecemos este processo, em algumas situações, mais lento.
Entendendo a relação entre objetividade e subjetividade, como o Sistema Positivo do ano de 2009, nos traz como proposta pedagógica,nos faz buscar o entendimento da arte como um linguagem, que podemos afirmar que a subjetividade está sujeita a uma atribuição de significações e juízos possíveis de serem subjetivados.A experiência estética,nossa função como professores, será composta desta interpretação do espectador organiza e resignifica.
O ensino da arte pode possibilitar aos nossos alunos a apropriação dos códigos gramaticais das linguagens para que seu vocabulário expressivo e sua construção estética possa ser ampliado.A escola necessita possibilitar a cada aluno que expresse seu discurso, seu olhar sobre o mundo em suas produções e criações.Um novo mundo,novos e diferentes olhares,maneiras diversas de interação com este mundo.Um espaço de fruição,reflexão e ação deverá ser construído...educação dos sentidos...exercício da cidadania.
Então Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) em seu artigo 26 § 2.0 estabelece que “o ensino da arte b constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.Temos a dimensão da arte como área de conhecimento e não mais como instrumento, afinal uma condição para cidadania.Entender esse contexto, ensinar num espaço fruidor, com reflexão e fazeres torna-se nosso ideário...

Pois é para isto que vivemos...
“Com isso, meu olhar anda mais afinado com a aprendizagem do que com o ensino: aprender a desaprender o mesmo - significados e pensamentos constituídos.¨
Carla Gonçalves Rodrigues – FaE/UFPel: ¨
Auto - retrato –Aluno de 8ª série

























Arte Contemporânea - Falas...Escutas...

Mais um "achado",Cornejo Vale Moreno, Curadora do México, para 8ª Bienal do Mercosul:


A arte contemporânea parece dirgir-se às preocupações mais profundas da sociedade, não somente como uma ferramenta ativadora para o diálogo e intercâmbio através de iniciativas criativas, mas como plataforma provocativa capaz de catalisar mudanças sociais e graduais através de um pensamento crítico.”
Fibra óptima,2011-Luis Gárciga-8ªBienal do Mercosul