terça-feira, 1 de novembro de 2011

Convidando Francis Alys para nossa deriva...


O que é ter um olhar estrangeiro?Relatando...

A proposta para a ação artística “pensando” Francis Alys foi realizada:

Imprevistos: Chuva durante três dias, turma envolvida com participação em olimpíada municipal.

Alternativas: Nova turma, 5ª série, turno da tarde, tempo cedido por outros professores, novos estudos e olhares infantis... outras idéias.Estudamos, apreciamos vídeos,pesquisamos e fomos para “rua”.

Ação: Uma bela tarde de sol, um passeio com a proposta de deixar rastros, de promover “um museu” fora da sala... envolvimento total das crianças..euforia.Entre muitas observações escutamos: “O cara é louco, mas é legal”, “Todo mundo pode ficar sabendo que a arte pode ter em qualquer lugar”, Gostei de poder ser um museu sem paredes e todo mundo ver”,”Temos que escrever coisas para as pessoas entender arte ou podemos desenhar o que queremos? Foram muitas falas e escutas e novas associações que ainda não tinham sido feitas pela turma anterior. Um olhar com mais liberdade,exagerado,permitido... Uma atividade sem nenhuma resistência, talvez atribuída pela “farra” da rua e porque estas crianças já possuem certo vocabulário estético desde a educação infantil. Alguns já visitaram bienais e exposições.Foi uma caminhada diferente ,havia pensando em um caminho mas “reflexivo”,mas pensado. Mas a ação foi incrível, as pessoas interagiam, as crianças estiveram felizes e na avaliação após relataram imensa satisfação. Foi lembrado um caminho de marcas da história de João e Maria, pois se os personagens deixaram marcas é porque gostariam de voltar. Então o ir e vir para escola, para a professora e para os alunos era feito de “vontades”.As marcas de giz foram feitas por todos, embora a proposta seria de alternar.A rua ficou linda.As pessoas procuravam ler, saber do acontecimento.Nos próximos dias as crianças levavam os pais na saída e vinda da escola para olhar...olhar a arte, fora das paredes...olhar uma cidade, um espaço, campo de sensações.Sensações de nossas crianças, das pessoas , do entorno,da poética, do prazer.Um percurso mais curto, mas significativo...diferente,poético,novo...ainda está lá, até chover...mas o rastro vai ficar em nós, na experiência e na fruição...

“Às vezes fazer algo não leva a lugar nenhum” – Francis Alys...

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