quinta-feira, 26 de julho de 2012

Hélio Oiticica - Arte Instalação

Artes Visuais e Instalação



Artes visuais é arte das imagens. Ao longo da história partindo dos rabiscos das cavernas o ser humano vem utilizando a arte de desenhar. As marcas e figuras viraram figuras, imagens, telas, esculturas e fotografias constituindo a linguagem visual. Na contemporaneidade, o domínio da linguagem visual é ainda mais importante, pois as imagens são utilizadas intensamente para informar formar conceitos, valores e a própria cultura. O artista plástico transforma os mais diversos materiais em formas que dão significado aos materiais ,espaços e cores.A arquitetura, escultura,litografia, a xilografia,pintura,fotografia,cinema são importantes artes visuais.O domínio dos códigos e contextos que compõe as artes visuais possibilita a leitura e a interpretação de imagens de obras em diversos contextos necessários a alfabetização estética e a apropriação cultural , para a leitura de mundo.

A instalação faz parte das artes visuais. Segundo Elaine Tedesco na primeira metade do século XX o espaço que envolve o corpo do observador não era tratado como parte da obra. A partir dos anos 60 a experiência da percepção corporal passou a ser explorada. A arte agora não mais para ser só vista, mas experimentada e vivida. Estas produções receberam diferentes nomeações como assemblages ou arte ambiental.Somente nos anos 80 o termo instalação passou a ser difundido e pode ainda gera algumas interpretações ambíguas.Instalações podem ser compreendidas como produções artísticas que utilizam materiais e suportes diversos construindo um ambiente, onde os objetos ,a organização destes materiais e a percepção corporal do observador fazem parte da obra.Podem promover sensações como cheiros experiências de visão ,tato, gosto ou audição.A obra relaciona-se com o espaço inserindo o espectador na obra e instalando uma ambiência interativa.Podem provocar alguns estranhamentos e propor reflexões sobre dilemas ou problemas.

Referências:

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3648 – acesso em 17/06/2012

http://www.comum.com/elainetedesco/pdfs/instalacao.pdf - acessado 17/06/201


Hélio Oiticica


Helio Oiticica nasceu em 1937 no Rio de Janeiro (RJ), e morreu em 1980. Estudou pintura com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna, em 1945. Participou do Grupo Frente (1955-1957) e do grupo Neo-Concreto (1959-1961).


Hélio Oiticica -Guache Sobre Madeira, 1956-57
Grupo Frente


Em 1959, realizou as primeiras estruturas espaciais e em seguida as primeiras experiências ambientais. Desde então recusou todo o conceito convencional da arte e da obra de arte.



Hélio Oiticica, Glass Bólide 6 'Metamorfose' (1965),



Hélio Oiticica, Bólides, overview of Boijmans exhibition
 
 

B32 Glass Bolide 15, 1965/1966
vidro, plástico, pigmento, terra e areia



B31 Bólide Vidro 14 "Estar", 1965/66

Vidro, conchas, 47,7 x Ø 42,0 cm circunferência 133 cm





                                 Helio Oiticica, Bolide 3 Caixa 3 Africana, 1963


“Homenagem a Cara de Cavalo” de Hélio Oiticica"



 
Hélio Oiticica, Bólide, Caixa 18, Homenagem a Cara de Cavalo, 1966

“Aqui está e ficará! Contemplai seu silêncio heróico.”

“eu quis aqui homenagear o que penso que seja a revolta individual social: a dos chamados marginais. Tal idéia é muito perigosa, mas algo necessário para mim: existe um contraste, um aspecto ambivalente no comportamento do homem marginalizado: ao lado de uma grande sensibilidade está um comportamento violento e muitas vezes, em geral, o crime é uma busca desesperada de felicidade.”

Hélio Oiticica, 1980, sobre o seu amigo, o bandido Cara de Cavalo, morto pela polícia


 
"Bandeira-poema" de Hélio Oiticica, de 1968

 Helio Oiticica foi um dos mais criativos artistas plásticos brasileiros. A síntese de sua obra são seus belos "Parangolés" (1964): capas, estandartes ou bandeiras coloridas de algodão ou náilon com poemas em tinta sobre o tecido a serem vestidas ou carregadas pelo ator/espectador, que passa a perceber seu corpo transformado em dança.

Chamarei então Parangolé, de agora em diante, a todos os princípios formulados aqui [...]. Parangolé é a antiarte por excelência; inclusive pretendo estender o sentido de 'apropriação' às coisas do mundo com que deparo nas ruas, terrenos baldios, campos, o mundo ambiente enfim [“...]”.




Hélio Oiticica. Parangolé, 1964. Materiais diversos

 

Hélio Oiticica. Parangolé P4 Capa 1, 1964, Nildo da Mangueira veste Parangolé. Materiais diversos.





 

Quase uma poesia, pois a obra de arte só se revela quando alguém a manuseia e movimenta uma asa delta para o êxtase”

Haroldo Campos

Carioca anarquista, Oiticica transitou entre os morros do Rio de Janeiro e os Estados Unidos, onde morou de 1948 a 1950, época em que se mudou com a família, e a partir de 1970, quando foi para Nova York. Aluno de Ivan Serpa iniciou sua trajetória artística ligado às experiências concretas e neoconcretas.

Das pinturas em guache sobre cartão, saturadas de cor e sem perspectivas, rompeu com o conceito tradicional de quadro e elaborou os "Monocromáticos" ou "Invenções" (1958-1959).


A partir de 1963 criou os “Bólides” (caixas-construções com diferentes materiais)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário